RAPOSA - Centenas de barbatanas de tubarão-martelo, que é uma espécie ameaçada de extinção, foram flagradas na última sexta-feira (5), em uma área do porto da Raposa, município na Região Metropolitana de São Luís. Em imagens divulgadas por Leonardo Soares, vice-reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), as barbatanas aparecem na calçada do porto após terem sido retiradas de vários animais, em prática que é considerada crime ambiental.
A prática registrada no porto da Raposa é conhecida como "Shark finning", que consiste na captura de tubarões e a retirada de suas nadadeiras, conhecidas popularmente como barbatanas. Na maioria das vezes, o animal é descartado vivo na água logo após a retirada da barbatana.
Em entrevista ao g1 MA, o Curso de Engenharia e Pesca da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) informa que é possível que as barbatanas tenham sido colocadas para secar no porto de Raposa, após terem sido retiradas dos tubarões. Para não atrair curiosos, geralmente as barbatanas são colocadas em uma área restrita e fechada, longe do flagrante, e comercializadas após ficarem secas.
"Elas precisam ser secas, como foi registrado no vídeo e na foto. Elas estavam secando. Normalmente isso é feito em alguma área restrita ou fechada e nunca exposta como nessa situação. Os pescadores não gostam de expor as nadadeiras para não atrair curiosos. Em seguida são comercializadas", diz o Departamento de Engenharia e Pesca da UFMA.
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A Prefeitura da Raposa, por sua vez, disse que soube do caso ainda na sexta-feira e está investigando a situação. De acordo com o município, a prática não é comum na área, mesmo contando com muitos pescadores na região.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ressalta que a pesca de tubarões é permitida no Brasil, mas com uma série de restrições. A retirada das barbatanas está entre as proibições.
O artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais diz que matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécies da fauna é considerado crime ambiental. Em casos relacionados a isso, os envolvidos podem ser condenados a até um ano de detenção, além do pagamento de multa.
Assista ao vídeo:
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