Investigação

Corpo de Hamilton Bandeira é exumado a pedido do MP-MA

A necrópsia não tinha sido realizada após o crime; Hamilton foi morto por policiais em sua residência, em Presidente Dutra.

Imirante.com, com informação da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Hamilton Bandeira foi morto em Presidente Dutra. Foto: Arquivo Pessoal.

PRESIDENTE DUTRA – Foi exumado, nessa terça-feira (13), o corpo de Hamilton Cesar Bandeira, de 23 anos, morto a tiros por policiais civis no povoado Calumbi, em Presidente Dutra, no dia 18 de junho, após ter feito postagens em rede social desejando sorte ao criminoso Lázaro.

Em razão das circunstâncias do assassinato, o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) solicitou a exumação. O corpo da vítima ainda não tinha passado por necrópsia, e tenta-se averiguar onde os tiros atingiram Hamilton.

Corpo foi exumado nessa terça (13). Foto: Reprodução/TV Mirante.

Inicialmente, uma nota divulgada pela Polícia Civil do Maranhão afirmava que a equipe havia saído para atender a uma ocorrência de ameaça e apologia ao crime. A nota dizia que “os policiais foram ameaçados pelo suspeito que estava de posse de uma arma branca (faca)”.

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O pai de Hamilton, Antônio Bandeira, disse à reportagem do Portal que o filho tinha chegado de um campo, almoçou e se deitou e, em seguida, apareceram os policiais.

“Não tinha maior sentido do mundo deles chegar lá assassinando ele. E ele não usava ferramenta nenhuma. A polícia não falou nada, quando chegou lá foi metendo bala, que quase matou um idoso de quase 100 anos”, relatou.

Segundo os parentes, o que Hamilton postava era fruto dos transtornos mentais que sofria desde criança. Além disso, o pai disse que o jovem não estava armado no momento dos disparos dos policiais. O avô de Hamilton, de 99 anos, presenciou o caso e também contesta a versão policial.

No dia 23 de junho, o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, informou que os policiais civis que participaram de ação que resultou na morte de Hamilton não serão afastados.

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