Em Penalva

Iniciativa maranhense utiliza a planta aguapé para produzir biogás e ajudar a comunidade local

Estudantes do 1º ano do ensino médio transformaram a biomassa da planta aquática em uma solução sustentável.

Anne Cascaes / Imirante

A iniciativa foi reconhecida durante uma premiação nacional realizada em São Paulo. (Foto: Anne Cascaes)

PENALVA - Demonstrando criatividade e compromisso com a sustentabilidade, alunos do 1º ano do Ensino Médio do Centro de Ensino Sabino Barros desenvolveram um biodigestor inovador capaz de transformar a biomassa do aguapé (um tipo de planta aquática) em biogás e biofertilizante.

Com orientação do professor Geovane Santos Muniz, o projeto de biodigestor produz biogás e biofertilizante a partir da biomassa do aguapé de bactérias metanogênicas, que geram gás metano e, dessa forma oferece uma alternativa sustentável para ser colocada em prática na comunidade. 

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O projeto maranhense foi homenageado e premiado durante um evento realizado em São Paulo que visa destacar iniciativas de escolas públicas espalhadas por todo o Brasil. A equipe de Penalva ficou em 2º lugar geral na premiação.

“Nossa preocupação com o meio ambiente sempre foi muito grande durante o processo de aprendizagem. E como professor de biologia, considero de extrema importância trabalhar esse tópico dentro da sala de aula com os alunos, a partir de problemáticas que a gente percebe todos os dias na nossa comunidade”, explica o professor Geovane. 

Biodigestor desenvolvido pela equipe de estudantes. (Foto: reprodução)

Além de contar com a orientação do educador de Biologia, os alunos envolvidos no projeto também foram orientador pelo professor de história Antônio Martins. “Trabalhar por uma vida sustentável é muito gratificante, e foi o que nossos alunos fizeram neste projeto que impacta, também, a saúde pública. Para nós, é motivo de orgulho, ainda mais sendo da baixada maranhense, onde somos ricos da matéria-prima que foi extraída para esse projeto”, conta. 

O aguapé, uma planta aquática abundante em corpos d'água da região, foi escolhido como matéria-prima devido à sua rápida taxa de crescimento e resistência a condições adversas. Os estudantes enxergaram nessa planta uma oportunidade de aproveitar um recurso muitas vezes considerado como invasivo, transformando-o em algo valioso.

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A matéria-prima utilizada no projeto foi a planta aguapé. (Foto: reprodução)

Ao todo, cinco alunos integraram o grupo que desenvolveu o projeto de biodigestor: Alexcelia Gomes, Caio Cerejo, Hilderlene Lopes, Ketily Boas, e Sarah Arouche. Os estudantes envolvidos no projeto também compartilham sua empolgação com os resultados alcançados e afirmam que todo o processo foi uma experiência muito enriquecedora.

“O projeto mudou meu ponto de vista sobre educação, o meu pensamento, e é uma felicidade enorme fazer parte desse grupo junto com os meus outros colegas”, relata a estudante Sarah Arouche, aos 16 anos. 

A iniciativa protagonizada pelos alunos do 1º ano do Ensino Médio não apenas evidencia o potencial inovador da juventude, mas também destaca a importância de integrar a educação com soluções práticas para os desafios ambientais que enfrentamos.

“Foi muito honroso participar desse projeto, e saber que ele pode alcançar outras pessoas é a melhor parte de tudo isso. Poder ajudar outras pessoas me deixa muito feliz”, compartilha Alexcelia Gomes.

Já para Ketily Boas a iniciativa impactou sua trajetória de forma muito especial."Foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida aceitar a proposta do meu professor para entrar nesse projeto, é muito bom saber que nosso projeto vai ajudar outras pessoas", comenta a estudante.

Os adolescentes envolvidos na iniciativa afirma que pretendem continuar se empenhando para deixar um impacto positivo na comunidade e servir como exemplo inspirador para futuras gerações. 

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