Israel x Hamas

Depois de derrota, Brasil tenta nova resolução na ONU

Na quarta-feira resolução apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU foi vetada pelos Estados Unidos; país tenta costurar acordo nos bastidores.

Ipolítica, com informações do g1

Conselho de Segurança da ONU em reunião no mês de setembro (Bolívar Parra-Presidência da República)

EUA - O Brasil deve fazer uma nova investida no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), após uma resolução proposta - referente à guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas -, ter sido vetada pelos Estados Unidos da América (EUA). 

De acordo com interlocutores do Itamaraty, o objetivo é de que o Brasil apresente uma nova resolução até sexta-feira. A primeira proposta, além de veto dos Estados Unidos, não foi votada por Rússia e Reino Unido, que se abstiveram.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou na noite desta quarta-feira para Nova York para poder participar de novas rodadas de negociações. Na sexta-feira (20), ele seguirá para o Egito, onde participará de uma cúpula internacional de debate sobre a crise envolvendo o Hamas e Israel.

Segundo diplomatas em Nova York, a importância de seguir na tentativa de aprovar um texto semelhante ao apresentado pelo Brasil se materializa na ajuda para palestinos na Faixa de Gaza. E, também, na libertação de reféns sequestrados pelo Hamas.

Veto

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Na segunda-feira (16), antes de os EUA vetarem a resolução do Brasil, os membros do Conselho de Segurança da ONU já haviam rejeitado proposta da Rússia sobre o conflito, que defendia um cessar-fogo imediato, a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos.

O representante do Brasil no colegiado criticou a dificuldade para aprovação de um texto consensual diante de uma situação que ele classificou como “catástrofe humanitária”.

“O conselho deveria tomar uma atitude e agir rapidamente. A paralisia do conselho diante de uma catástrofe humanitária não é de interesse da comunidade internacional. Enquanto fazíamos um grande esforço para acomodar posições diferentes — e, às vezes, opostas —, nosso foco estava, e segue estando, na situação humanitária”, afirmou.

O texto brasileiro condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns. A resolução proposta pelo Brasil pedia ainda pausas no conflito que permitissem o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, região onde a guerra está concentrada.

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