IMPERATRIZ – Imperatriz festeja nesta quinta-feira(15) sua padroeira Santa Teresa D´Ávila com uma vasta programação organizada pela diocese. A freira carmelita espanhola, que viveu na Europa no século XVI foi proclamada Doutora da Igreja e autora de obras importantes sobre a contemplação de Deus pela oração e, também, foi considerada como santa mística.
O nome de batismo era Teresa Sánchez de Cepeda y Ahumada, mas em sua vida religiosa passou a ser chamada de Teresa D´Avila, em homenagem a cidade natal ou Teresa de Jesus.
A freira foi canonizada pelo Gregório XV e em 27 de setembro de 1970, outro papa, o Paulo VI proclamou-a uma Doutora da Igreja.
O padre Moisés Dias, da diocese de Imperatriz, explica que na história apenas duas pessoas que tiveram contato mais próximo de Jesus.
A ligação de Santa Teresa com Imperatriz se deu durante a fundação da cidade quando o Frei Manoel Procópio do Coração de Maria trouxe com ele uma pequena imagem da santa espanhola a qual era devoto.
Posteriormente o historiador maranhense Adalberto Franklin concluiu em estudos que o nome de Povoação de Santa Teresa, como o primeiro nome de Imperatriz, foi definido previamente pelo governo do Pará muito antes da escolha do fundador.
“Tenho documento do governo do Pará dessa época. Para cada uma das cinco missões, o governo do Pará que definiu previamente quem seria o patrono. Então o que que ocorre é que quando frei Manoel Procópio chegou em 1849, já contratado para ir nessa expedição que subiria o Rio Tocantins, já recebeu a determinação de que a padroeira seria Santa Teresa”, explica Adalberto Franklin (Ouça entrevista).
Construção da igreja matriz
A história da construção da igreja matriz de Santa Teresa se divide em duas partes. A primeira diz respeito a construção da capela de barro e pau a pique da época da fundação da cidade em frente a antiga praça da Meteorologia (hoje praça da Unimed)e a segunda, a igreja atual, erguida por volta de 1925 em mutirão com a comunidade.
A igreja faz parte de um complexo arquitetônico de quase um quarteirão inteiro composto por igreja, uma área para a moraria de religiosos nos moldes de um seminário e uma escola.
O padre Felinto Eisio Correia Neto, atual pároco da igreja matriz, revela que no complexo funcionou duas áreas, uma para padres e outra para as freiras, ambos capuchinhos.
A construção do complexo é em estilo colonial, com grande arcos, e um detalhe que chama a atenção é que a obra não utiliza cimento.
“Nas colunas tem iniciais de famílias que fizeram doações da época da construção da igreja. As paredes também são largas e não tem cimento porque na época não existia, o que há é uma mistura de cal com barro”, observa padre Felinto, acrescentando que mais de 100 anos depois a obra nunca apresenta rachaduras.
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Outra curiosidade diz respeito a imagem original de Santa Teresa. A peça foi abandonada num porão pelos frades carmelitas e os frades capuchinhos, sem ainda conhecerem bem a história, a repassaram a família Cortez Moreira que anos mais tarde a devolveu a igreja.
Padre Felinto guarda na sala de arquivo alguns livros de tombo em que estão registrados batismos e casamentos das primeiras famílias (veja vídeo).
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