IMPERATRIZ – Funcionários da empresa TAM que trabalham no aeroporto de Imperatriz foram conduzidos para o Plantão da Polícia Civil, após voz de prisão dada pelo juiz Marcelo Baldochi, titular da comarca de Senador La Rocque. Segundo informações, o magistrado teria chegado atrasado para o embarque e não satisfeito, com a situação, deu voz de prisão aos atendentes, que foram conduzidos pela Polícia Militar.
Segundo relatos de uma pessoa que estava no local, o juiz chegou para embarcar, mas já tinha encerrada a chamada e a porta de embarque estava fechado há uns sete minutos. “Na hora que foi feita a chamada ele, ainda não tinha comparecido, e retiraram a bagagem dele. Quando se iniciou a confusão, ainda com o avião em solo, ele queria porque queria embarcar. Pediu para embarcar e para chamar o piloto, mas, pela lei, ele estava totalmente errado”, disse a testemunha.
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Ainda de acordo com a testemunha, o juiz começou a ameaçar a todos que estavam no guichê e disse que eles não estavam respeitando o direito do consumidor. “Aí, ele invadiu a área de embarque e deu voz de prisão para o funcionário. Então, foram e levaram o funcionário para a sala restrita. Ele entrou na sala restrita, deu voz de prisão e saiu humilhando o funcionário, e dizendo que ele ia aprender a respeitar às leis. Ele estava muito fora de si. Descontrolado. Nervoso”, completou.
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Outros funcionários quiseram intervir e, também, receberam voz de prisão. Três atendentes da TAM foram levados no carro da Polícia Militar para o Plantão Central. O juiz foi embarcado em um voo da empresa GOL com destino a Ribeirão Preto (SP).
Procurada pelo Imirante Imperatriz, a assessoria da TAM informou, por meio de nota, que a empresa segue todos os procedimentos de embarque regidos pela legislação do setor. A empresa informou, ainda, que está colaborando e prestando todos os esclarecimentos às autoridades.
No Guia de Passageiro, elaborado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), todo passageiro deve se apresentar para o check-in no horário estipulado pela companhia aérea, o que, na maioria das vezes, esse prazo é de pelo menos uma hora de antecedência.
Veja o momento em que o juiz dá voz de prisão à um dos funcionários.
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