Ponte entre MA e TO

Mergulhos para procurar vítimas são retomados após instalação de sensores em pilares de ponte que desabou na divisa entre MA e TO

Segundo o Dnit, medições serão realizadas a cada meia hora para acompanhar a situação.

Imirante.com, com informações da , TV Anhanguera e g1 TO

Atualizada em 28/12/2024 às 10h00
Foram instalados equipamentos nos pilares para medir possíveis abalos na estrutura e garantir a segurança dos mergulhadores. (Foto: Sirley Freitas)

ESTREITO - As operações de mergulhos próximo aos pilares da ponte que desabou entre os estados do Maranhão e Tocantins foram retomadas neste sábado (28). As buscas pelos corpos das vítimas submersas tinham sido parcialmente suspensas, após o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) identificar movimentação da estrutura dos dois lados da ponte, causando risco de novos desabamentos.

Foram instalados equipamentos nos pilares para medir possíveis abalos na estrutura e garantir a segurança dos mergulhadores. De acordo com o Dnit, medições serão realizadas a cada meia hora para acompanhar a situação.

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Conforme o Almirante Coelho Rangel, coordenador das operações de busca e resgate e Chefe do Estado-Maior do 4º Distrito Naval da Marinha, a operação foi suspensa na manhã de sexta-feira (27), na área próxima aos pilares da ponte. Mas equipes continuaram os trabalhos com lanchas, jet skis e por terra, seguindo o leito do rio, até que fosse considerado seguro retomar os mergulhos próximo aos escombros.

O centro de Coordenação de Busca e Resgate retomou as ações de mergulho às 07h50 deste sábado, segundo a Marinha.

Mulher achada morta atravessava ponte para trabalho

Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos, transitava com frequência pela ponte que desabou na divisa entre os estados do Maranhão e Tocantins. Rosimarina da Silva morava em Arguianópolis (TO) e trabalhava como auxiliar de cozinha em um restaurante na cidade de Estreito (MA). Seu corpo foi encontrado a cerca de 6 km do local do acidente.

Rosimarina da Silva foi localizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) no final da tarde dessa quinta-feira (26). O sepultamento foi na manhã de sexta-feira (27), logo após ser liberado pelo Núcleo de Medicina Legal de Tocantinópolis, em razão do estado de decomposição em que foi encontrado.

Vítimas identificadas

  • Na terça-feira (24), o corpo de Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos foi encontrado no rio, segundo os bombeiros do Maranhão. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, com origem em Dom Eliseu, Pará.
  • Por volta das 9h, também foi achado o corpo de Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas.
  • Ainda na terça-feira (24), por volta das 11h20, o corpo de Andreia Maria de Souza, de 45 anos foi encontrado. Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico.
  • No domingo (22), o corpo de Lorena Ribeiro Rodrigues de 25 anos foi localizado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ela é natural de Estreito (MA), mas mora em Aguiarnópolis (TO).
  • Um homem de 36 anos foi encontrado com vida por moradores e levado ao hospital de Estreito.
  • Nessa quarta-feira (25), foram localizados os corpos de Anisio Padilha Soares, de 43 anos, e de Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos.
  • Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. O corpo foi localizado no final da tarde de quinta-feira (26) fora da área de mergulho, a aproximadamente 16 km do local do desabamento.

 

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Jovens desistem de atravessar ponte

Os primos Angelly Filho, de 20 anos, e Roger Sousa Brito, de 21 anos, não atravessaram a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), no momento em que a estrutura desabou por poucos minutos antes do acidente. As causas do acidente são investigadas pela Polícia Federal (PF).

Profundidade dificulta trabalhos

Equipes de mergulhadores da Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros continuam trabalhando para localizar os nove corpos desaparecidos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A operação, entretanto, está sendo dificultada pela profundidade do Rio Tocantins, de aproximadamente 48 metros.

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