Investigação

MPF apura danos ambientais causados pela queda de ponte sobre o Rio Tocantins

O documento despachado determina medidas urgentes, como a coleta de amostras, o isolamento das áreas afetadas e comunicação com os órgãos responsáveis.

Imirante.com, com informações do MPF

Atualizada em 23/12/2024 às 19h53
Ponte desabou na tarde desse domingo (22). (Foto: Divulgação / Folha de S. Paulo)

ESTREITO - O Ministério Público Federal (MPF) iniciou o processo de apuração dos fatos e das responsabilidades acerca do caso de desabamento do vão central da ponte Juscelino Kubitschek, localizada entre os municípios de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), no Rio Tocantins e fazendo divisa entre os Estados do Maranhão e Tocantins, na tarde desse domingo (22).

De acordo com o documento assinado pelos procuradores da República Alexandre Silva Soares e Thayná Freire de Oliveira, a queda da ponte, ocorrida em 22 de dezembro, gerou preocupação com uma possível contaminação da água do Rio Tocantins, devido ao transporte de carga de caminhões que carregavam agrotóxicos, produtos químicos corrosivos e combustível, e dentre outros impactos ambientais. Além disso, a possível contaminação levou a suspensão de atividades de abastecimento dos serviços locais.

O MPF instaurou inicialmente uma Notícia de Fato, para avaliar as consequências ambientais e os riscos causados. O documento tomou por base as notas informativas da Caema e da Prefeitura de Estreito, bem como determinou a urgente expedição de ofícios da Sema e Ibama, solicitando o deslocamento de equipes ao local e, caso necessário, coleta de matérias para examinação, isolamento de locais contaminados e identificação de providências de contenção de poluição.

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Também foi solicitado a Caema que forneça informações sobre a contaminação das águas e sobre paralisação dos serviços motivados pela contaminação. Foram expedidos, de mesma forma, ofícios à Prefeitura de Imperatriz e Estreito, pedindo informações sobre a suspensão do fornecimento de água na região.

O foco da investigação, ainda em fase inicial e conduzida pelo MPF, abrangerá a apuração das causas do desabamento, os danos ambientais ocasionados pela queda dos caminhões e os impactos causados na fauna, flora e abastecimento de água da região local. O MPF buscará a responsabilização dos envolvidos e a reparação dos danos, garantindo a proteção do meio ambiente e a segurança da população.

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