CODÓ - Para a dona de casa, Rosimar Maria da Santos, fazer a limpeza e conservar o túmulo dos pais, com a proximidade do dia de Finados, significa manter um respeito que jamais deve ser esquecido.
- Até ele mesmo, meu pai, foi quem me deu a vida. Minha mãe era uma boa mãe, cuidava bem de mim.
- É a forma de retribuir?
- Estar sempre cuidando, limpando meu final também - afirma Rosimar.
Este sentimento deixa os cemitérios ainda mais movimentados nesta época em Codó. É quando, também, o serviço aumenta para quem vive da limpeza de túmulos como dona Maria Pereira da Silva e suas colegas. Ela começou cuidando do sepulcro do marido, há 9 anos. Acabou encontrando aqui uma fonte de renda.
"Bem aqui que é o túmulo do meu marido. Fui achando contrato e aí já estou arranjando pra minhas amigas, já", frisou.
Antes mesmo do serviço público são estas mulheres que mantém a maioria dos túmulos prontos para a visita dos parentes.
- Pagam a gente R$ 10,00 por mês.
- Quantos túmulos a senhora cuida?
- A gente cuida, umas de 10, outras é de 15, vinte. Eu tenho bem uns 20 - explicou a lavradora Maria da Conceição Rocha.
Mas, mesmo num cemitério como o do Codó Novo, onde existem cerca de 20 mulheres que cuidam dos túmulos, o trabalho de limpeza pública se faz necessário. Percorrendo os cemitérios da cidade, percebemos que este ano a Prefeitura se antecipou às reclamações que sempre surgem, nesta época, por causa da demora na limpeza.
Capina, fogo. Homens da Prefeitura estão desde o dia 9 de outubro dentro dos cinco maiores cemitérios da cidade. Muitos já tiveram os trabalhos concluídos. O chefe do setor de limpeza, Raimundo Carlos Filho, garantiu que no dia de Finados todos estão prontos para as visitas
"Nosso plano é que até o dia 31 desse, entregaremos todos os cemitérios para o dia de finados. Quem se previne, manga do tempo", afirma.
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