Julgamento

Advogado de Bolsonaro questiona provas apresentadas pela PF

Celso Sanchez Vilardi afirma que Mauro Cid entrou em contradição diversas vezes em depoimentos e afirma não ter conseguido acesso à integra das provas.

Ipolítica

Advogado de Bolsonaro faz defesa oral na Primeira Turma do STF (Reprodução / TV Justiça)

BRASÍLIA - O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Sanchez Vilardi, iniciou na manhã desta quarta-feira (3) a defesa oral no julgamento que ocorre na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) e que diz respeito à ação de suposta tentativa de golpe de Estado.

Ele começou a sua defesa afirmando que o ex-presidente não atentou contra o Estado Democrático de Direito. Vilardi também afirmou que não há provas que atrelem o ex-presidente aos planos da suposta trama golpista, nem por parte do delator Mauro Cid.

"Esse papel, essa minuta, essa questão, esse depoimento, não há uma única prova que atrele o presidente [ao plano] Punhal Verde e Amarelo, à Operação Luneta e ao 8 de Janeiro. Aliás, nem o delator, que mentiu contra o presidente da República, nem ele chegou a dizer da participação em Punhal, em Luneta, em 8 de janeiro", disse.

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Vilardi também afirmou que Bolsonaro foi "dragado" para ações que foram investigadas pela Polícia Federal.

"Nós estamos diante de um julgamento histórico, histórico pela importância do tema subjacente, a própria acusação, a questão do Estado Democrático de Direito".

O advogado afirmou não ter recebido o acesso integral às provas. Ele disse considerar que não houve tempo hábil para análise dos documentos investigados, o que prejudica o réu e a própria defesa do réu.

Ele pontuou que a defesa recebeu 70 terabytes de provas e que, após o período de instrução penal, foi notificada que houve uma falha no arquivo do general Mário Fernandes.

A defesa de Bolsonaro afirma haver uma série de inconsistência e controvérsias nos autos e na acusação. E enfatizou: “Bolsonaro não teve nada a ver com o 8 de janeiro e nem há prova que o ligue ao fato”, disse.

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