Tentativa de golpe de Estado

PF prende grupo suspeito de tentativa de golpe e plano para matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

Opearção foi deflagrada nesta terça-feira (19).

Imirabte, com informações do g1 e PF

Atualizada em 19/11/2024 às 08h52
Plano dos investigados incluía execução de candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos e de ministro do STF. (Valter Campanato / Agência Brasil)

BRASIL - A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (19), uma operação contra uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.

Entre as ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos, Lula e Geraldo Alckmin.

Cinco pessoas foram presas, sendo quatro militares do Exército ligados às forças especiais, os chamados "kids pretos": o general de brigada Mario Fernandes (na reserva), o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Além de um policial federal, identificado como Wladimir Matos Soares. As informações são do Blog da Camila Bonfim do g1.

Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes. (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR)

De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).

Ainda estavam nos planos do grupo criminoso, segundo a PF, a prisão e execução do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o golpe de Estado fosse consumado.

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O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.

Os militares foram presos no Rio de Janeiro, onde participavam da missão de segurança da reunião de líderes do G20, segundo a GloboNews.

Além dos cinco mandados de prisão preventiva, policiais federais também cumprem três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.

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