BRASÍLIA - O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) vai depor hoje na Polícia Federal (PF), em Brasília, no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. O depoimento ocorrerá de forma simultânea com outros investigados. O objetivo da PF é colher possíveis contradições entre o ex-chefe da nação e militares.
Além de Bolsonaro, foram chamados para prestar depoimento presencial na PF, Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional); Anderson Torres (ex-ministro da Justiça); Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército); Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência); Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro); Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha); Valdemar Costa Neto (presidente do PL); Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa); Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército); Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro); Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército); Bernardo Ferreira de Araújo Júnior; e Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército).
Além de checar possíveis contradições nos depoimentos, a PF quer evitar que os investigados combinem versões. Por isso os interrogatórios ocorrerão de forma simultânea em salas especiais na sede da PF.
Outros investigados serão ouvidos por delegados da PF no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Ceará.
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Investigação
Delegados da PF tentam provar que Bolsonaro e aliados teriam organizado uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder, impedindo assim a posse de Lula (PT).
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Para os investigadores uma reunião ministerial em 5 de julho de 2022 serve como prova. Nela, Bolsonaro diz a ministros que eles não poderiam esperar o resultado da eleição para agir. Os advogados do presidente afirmam, no entanto, que ex-presidente nunca cogitou golpe.
Nos últimos dias, os advogados de Bolsonaro pediram duas vezes acesso aos autos da investigação.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o acesso aos mandados da operação.
Os advogados do ex-presidente pediram, então, acesso às mídias digitais, como telefones, computadores e a delação do ex-ajudante ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, mas Moraes não autorizou.
Foi quando defesa disse que o ex-presidente não iria falar à PF e entrou com pedido para adiar o depoimento, mas Moraes negou.
Nesta quarta, a defesa solicitou novamente acesso ao conteúdo das mídias. A alegação é de que é necessário "garantir a paridade de armas no procedimento investigativo".
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