"Caso das joias"

Bolsonaro e Michelle ficam em silêncio em depoimento à PF

A defesa afirmou que o casal só prestará esclarecimentos quando o suposto caso de venda de joias no exterior for submetido à primeira instância.

Ipolítica

Atualizada em 31/08/2023 às 13h29
Bolsonaro e Michelle não responderam questionamentos sobre o "caso das joias". (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)

BRASÍLIA- O ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa Michelle ficaram em silêncio durante depoimento nesta quinta-feira (31) na sede da Polícia Federal.

A defesa de Bolsonaro afirmou que o casal só prestará esclarecimentos quando o suposto caso de venda de joias no exterior for submetido à primeira instância. O advogado Fabio Wajngarten e o ex-assessor Marcelo Câmara também ficaram em silêncio.

“Os peticionários optam, a partir deste momento, por não prestar depoimento ou fornecer declarações adicionais até que estejam diante de um juiz natural competente”, diz o documento assinado pela defesa. Em síntese, a defesa do ex-presidente defende que o processo seja remetido à 1ª instância do Judiciário. 

Os advogados do casal Bolsonaro usam como base uma manifestação da Procuradoria Geral da República (PGR), enviada ao ministro Alexandre de Moraes em que declina a competência da Corte para assumir o inquérito que iniciou na 6ª Vara de Guarulhos. Agora, o caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) depois de um pedido do Ministério Público Federal de São Paulo.

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Investigações- Michelle e Bolsonaro são investigados pela Polícia Federal (PF) no âmbito da Operação Lucas 12:2, que apura o suposto funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes recebidos pelo ex-presidente de autoridades estrangeiras.

Segundo a PF, os desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início deste ano. Entre os envolvidos estão o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e o pai dele, o general de Exército, Mauro Lourena Cid. O militar trabalhava no escritório da Apex, em Miami. 

Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, e que não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro, nem deixar de ser catalogados.


 

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