Entrevista

Ninguém tentou me convencer a dar um golpe, diz Bolsonaro

Em entrevista o ex-presidente comentou ainda sobre Mauro Cid e sua Inelegibilidade.

Ipolítica com Crusoé

Atualizada em 28/07/2023 às 10h59
Ex-presidente Jair Bolsonaro. (Valter Campanato / Agência Brasil)

BRASÍLIA- Inelegível até 2030, depois de ter sido condenado pelo TSE por abuso de poder político e econômico na reunião com embaixadores estrangeiros na qual pôs em dúvida o sistema eleitoral brasileiro pouco antes das eleições de 2022, Bolsonaro diz que pretende viajar pelo país, uma vez que “está sem tornozeleira eletrônica”. Sobre 2026, diz que é cedo para falar do assunto, mas garante: “Só estou morto quando estiver enterrado”.

A declaração do ex-presidente foi dada em entrevista à Revista Crusoé divulgada nesta sexta-feira (28).

O ex-presidente afirma que o foco agora são as eleições de 2024 e o PL. “Talvez a gente consiga fazer 1.000 prefeituras, essa é a meta do Valdemar [Costa Neto, presidente do PL]. Tem muito prefeito vindo para o nosso lado. No momento, estamos com um problema que todos os partidos gostariam de ter: candidatos em excesso. O que nós queremos é que a esquerda não ganhe mais municípios por aí”. disse. 

Bolsonaro disse também que ninguém tentou convencê-lo a dar um golpe de Estado depois das eleições de 2022. “Pensar, todo mundo pensa. De vez em quando, alguém falava alguma coisa. Agora, ninguém tentou me convencer”. declarou.

E completou “Dar um golpe é a coisa mais fácil que tem. O duro é o day after, o dia seguinte. Como é que o mundo vai se relacionar conosco? Temos experiência de países que tomaram medidas de força e as consequências são péssimas. Você não vê uma ação minha fora das quatro linhas.”.

Ao ser questionado sobre Mauro Cid, o ex-presidente disse ser um homem sem maldade e afirmou que o telefone do Cid era público.”O telefone do Mauro Cid era um telefone público. Uma caixa de mensagens. Quando havia qualquer problema, informação sobre agenda, questões de ministros, tudo era no telefone dele. Se ele tivesse maldade, de três em três meses teria sumido com o telefone e com as mensagens, mas ficou tudo aberto.”, pontuou.

Bolsonaro comentou que nunca teve contato com o coronel do Exército Jean Lawand Junior. Ele é acusado de trocar mensagens com Mauro Cid que sugerem um “golpe de Estado” para impedir a posse de Lula. Eu nunca tive contato com o coronel Lawand. O Cid passou a ter amizade com algumas pessoas e a ter liberdade de falar o que bem entendesse. É comum você falar uma coisa que não queria e, depois que acontece, você se arrepende. Jamais alguém ia tratar de golpe por WhatsApp, afirmou. 


 

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