Após investigação

Mulher é presa suspeita de matar trabalhador de Sergipe, com golpe de faca, no Maranhão

José Fábio, de 32 anos, foi morto poucos dias após ter sido demitido do emprego pelo qual veio de Sergipe para o Maranhão.

Imirante.com

Atualizada em 01/03/2024 às 17h56
José Fábio, de 32 anos, morreu após ser esfaqueada na madrugada do dia 7 de fevereiro deste ano. (Foto: reprodução)

BALSAS - Foi presa, na manhã desta quinta-feira (29), uma mulher suspeita de assassinar José Fábio Pereira Domingos, trabalhador natural de Sergipe que estava em Balsas, no Maranhão. A vítima, de 32 anos, morreu após ser esfaqueada na madrugada do dia 7 de fevereiro deste ano. 

O trabalhador foi morto poucos dias após ter sido demitido do emprego pelo qual veio de Sergipe para o Maranhão. No período da demissão, Fábio chegou a gravar um vídeo (veja abaixo), que circulou nas redes sociais, onde explicava os motivos pelos quais acreditava ser injusto seu desligamento com a empresa.

Investigação

A suspeita dos familiares da vítima era de que o crime poderia ter relação com as reclamações que Fábio fez no vídeo, após sua demissão. "O José era um menino de ouro e tinha um filho de cinco anos. A cidade [Poço Redondo] está de luto. A família desconfia da empresa. Temos que falar a verdade, né?", afirmou Aderaldo Rodrigues, primo de José Fábio.

Contudo, após a morte do trabalhador, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) deu início às investigações para identificar o autor do crime. A partir das investigações, os policiais deram cumprimento a um mandado de prisão temporária contra uma mulher, apontada como a suspeita de cometer o assassinato.

Segundo a polícia, ficou constatado, no decorrer das investigações, que a mulher presa hoje (29) se desentendeu com a vítima por conta de um pagamento de um programa sexual. Durante uma discussão, a investigada e a vítima passaram a se agredir mutuamente dentro de um bar de Balsas.

A partir da coleta de imagens de videomonitoramento, a polícia detectou que do lado de fora do estabelecimento onde os dois estavam discutindo, a mulher desferir um golpe fatal com uma faca no abdômen de José Fábio.

Além das imagens, também foram ouvidas testemunhas e a polícia representou pela decretação da prisão temporária da suspeita, e o pedido deferido pelo juízo competente, e cumprido nesta manhã. Após os procedimentos de praxe, a presa será encaminhada à Unidade Prisional de Balsas, onde permanecerá à disposição da Justiça.

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Sobre o crime

De acordo com a Polícia Civil de Balsas, não havia elementos que relacionem a demissão de José Fábio com o motivo de seu assassinato. "Aparentemente, não tem nenhuma relação com o vídeo que foi gravado. Onde ele morreu é um local de usuários de drogas e provavelmente esse crime tem a ver com a venda de drogas. Inicialmente, não vemos relação com o emprego na fazenda", declarou o delegado.

O que diz a SLC Agrícola?

No período do crime, a SLC Agrícola afirmou que lamenta a morte de José Fábio, negou qualquer relação de seu assassinato com o período em que trabalhou na empresa, e declarou que teria pago os dias devidos a ele.

"A SLC Agrícola lamenta o falecimento de seu ex-funcionário José Fábio Pereira Domingos. A companhia tomou conhecimento sobre o caso na manhã desta quinta-feira (08) e reitera que Domingos foi agredido fora das instalações da SLC, sendo que o profissional já não fazia parte do quadro de funcionários da empresa. A companhia reitera que o desligamento do ex-funcionário ocorreu legalmente, com os devidos pagamentos feitos corretamente, respeitando as normas trabalhistas vigentes e que sua passagem pela empresa foi pelo período de 60 dias, na função de safrista, com atuação na Fazenda Parnaíba, localizada em Tasso Fragoso (MA)", disse a nota.

Em nova nota enviada à imprensa, a SLC Agrícola destacou que a conclusão das investigações, pela Polícia Civil do Maranhão, descartou qualquer envolvimento da companhia no ocorrido.

A SLC Agrícola, mais uma vez, lamentou o falecimento do ex-funcionário e reiterou que seu desligamento ocorreu legalmente, dentro das normas trabalhistas vigentes, e que os devidos pagamentos pelos dias trabalhados foram efetuados corretamente.

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