A terceira pesquisa Escute/O Estado trouxe cenários próximos aos das duas pesquisas anteriores. A diferença maior na disputa ao Governo o Estado envolve o senador Roberto Rocha (sem partido). Dependendo dos seus concorrentes, Rocha chega a ficar à frente do vice-governador Carlos Brandão (PSDB).
Já a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) mantém a liderança verificada nas pesquisas passadas. No cenário com nove candidatos, por exemplo, a emedebista de março a setembro conseguiu aumentar seu percentual de voto. Em março, ela tinha 23%; em junho alcançou 25%; e na de agora, 26%.
Também aparece em linha crescente o senador Weverton Rocha (PDT). Na primeira pesquisa ele tinha 14% e repetiu este percentual em junho. Agora, o pedetista pulou para 20%. Edivaldo Júnior (PSD) teve em março 13%, depois desceu para 12%, e manteve este percentual no levantamento de setembro. Carlos Brandão evoluiu bem pouco. Na primeira pesquisa ele tinha 9%, depois passou para 10% e manteve o mesmo percentual.
Roberto Rocha saiu de 8% na primeira e segunda pesquisas e agora fechou a 9%. Os demais candidatos oscilaram pouco em relação aos percentuais anteriores.
No cenário que não tem a ex-governadora Roseana Sarney, o que chama mais atenção é a intenção de votos de Roberto Rocha. No quadro com seis candidatos, aparece em primeiro Weverton Rocha. Ele tinha 25% em março, desceu para 22% e agora alcançou 28%. Edivaldo Júnior, neste cenário, não aparece em março, teve 18% em junho e agora alcançou 20%. Já Roberto Rocha tinha 13%, não apareceu no cenário em junho e ficou agora com 15%.
Carlos Brandão, em março, tinha 15%, caiu para 14% na segunda pesquisa e na terceira ficou atrás do senador com 12%.
A Escutec divulgará uma quarta pesquisa ainda este ano para traçar os cenários da corrida pelo Palácio dos Leões.
Decisão
Conhecendo os números da terceira pesquisa Escutec/O Estado, a ex-governadora Roseana Sarney deverá decidir este mês qual mandato eletivo disputará em 2022.
Ela aparece bem em todos os cenários para o governo e empatada tecnicamente com Flávio Dino (PSB) para o Senado.
A emedebista deverá consultar aliados antes de bater o martelo. Antes da pesquisa, os aliados da ex-governadora apostavam que ela decidiria concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.
Mudança percentual
Da pesquisa para o Senado, chama atenção a queda de intenção de voto que o governador Flávio Dino teve de março até setembro.
Em março, o socialista apareceu com 51% da opinião dos entrevistados. Em junho, perdeu um ponto ficando com 50%.
Já na pesquisa atual, Dino aparece com 44%. Enquanto isto, Roberto Rocha saiu de 21% nas duas primeiras pesquisas e alcançou 23%.
Rejeição
O que cresceu do governador Flávio Dino foi a rejeição no cenário de disputa pelo Senado. A rejeição dele saiu de 15% para 21%.
Já o senador Roberto Rocha, diminuiu pela metade sua rejeição para a disputa. Em março, ele tinha 22% de rejeição e agora aparece com 11%.
O deputado Josimar de Maranhãozinho (PL) também conseguiu reduzir a rejeição. Ele saiu de 29% para 25%.
Pediu liberação
O agora ex-secretário municipal de Comunicação, Joaquim Haickel, comentou sua saída da pasta na quinta-feira, 30.
Ele disse que pediu ao prefeito Eduardo Braide (Podemos) para sair da Secom. Em seu comentário, Haickel ainda destacou a escolha do jornalista Igor Almeida para comandar a secretaria.
“Pedi ao prefeito Eduardo Braide que me liberasse do compromisso de ser seu secretário de comunicação”, afirmou.
Pressão
Como uma espécie de campanha, o senador Roberto Rocha insiste em pressionar o governador Flávio Dino pela redução do ICMS dos combustíveis.
Nas redes sociais, Rocha mostra que três estados (Espírito Santo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul) anunciaram redução de impostos não somente dos combustíveis. Energia e serviços de internet também.
Com a pressão, os técnicos governistas já estudam as possibilidades de reduzir o ICMS em alguns serviços e produtos.
De olho
34% é o percentual que a ex-governadora Roseana Sarney aparece em um dos cenários da pesquisa Escutec/O Estado.
De quem é a culpa?
A campanha do senador Roberto Rocha é legítima, mas não trabalha 100% com a verdade. O senador insiste em culpar o governo estadual pelo aumento dos combustíveis.
Mesmo sabendo que a alíquota do ICMS não é quem determina os reajustes, Rocha descarta tratar sobre reais motivos dos aumentos.
Fora do ICMS, as razões para tantos reajustes estão ligadas à política econômica do governo de Jair Bolsonaro, que o senador apoia ferrenhamente.
E mais
- Ainda sobre a pesquisa Escutec/O Estado, serão divulgadas as avaliações do governo do presidente Jair Bolsonaro e de Flávio Dino, na próxima terça-feira, 5.
- O levantamento mostrará ainda a aprovação e desaprovação das duas gestões com comparativos em relação às duas pesquisas anteriores.
- Não haverá avaliação da gestão do prefeito Eduardo Braide, como ocorreu na pesquisa Escutec/O Estado de junho deste ano.
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