Sou ilhéu, nascido na Ilha do Amor, onde moro. Sou louco por ilhas, visitei diversas pelo mundo. Estive nas mais tops: Sheychelles, Maldivas, Zanzibar, em Zâmbia, terra de Freddie Mercury. Fiquei fascinado com Ilha de Páscoa e seus indecifráveis Moais. Visitei a Austrália e Nova Zelândia, encantado por belezas exuberantes. Conheço todas as ilhas do Caribe. Uma ilha que fui várias vezes, vou voltar, amo sua energia é Manhattan, incrustada na capital do mundo, NY. Por seu tamanho e diversidade, cidade mais cosmopolita do mundo, que atende todos os gostos e alguns bolsos, me fascina. Sentir seu clima me renova.
Nestes dias tenho acompanhado pelas redes sociais, sempre elas, as querelas sobre a inauguração de uma loja de departamentos em São Luís, que tem o mesmo símbolo da cidade americana, NY, despertou nos pudicos locais uma enxurrada de indignação por causa da instalação de uma réplica da estátua da Liberdade. Para uns: “não é possível a colocação de uma estátua americana em uma cidade histórica, tombada pela Unesco, patrimônio histórico da humanidade”. Outros, jogavam pedras no dono da loja, Luciano Hang, por ele mesmo autodenominado “Véio da Havan”, pela careca reluzente. Os pseudos e barulhentos indignados, dizem que são contra o “Véio da Havan”, pois é amigo de Bolsonaro, que desperta paixão em alguns e ódio em muitos.
Para os que não entendem como caminha a humanidade, explico: final da década de 70, a China, hoje potência mundial, se debatia sobre quiproquós ideológicos, e enormes problemas; o primeiro ministro Xiaoping, questionado se as reformas inspiradas pelo capitalismo não agrediam o ideário político comunista, Xiao Ping respondeu: “Não importa a cor do gato se ele come o rato”. Não existe ideologia quando se trata de dinheiro. Esse foi o sentido da frase pronunciada pelo dirigente chinês Deng Xiao Ping, à época, em plena miséria e fome herdada do regime de Mao Tse Tung, idolatrado pela esquerda atrasada. O importante era criar empregos.
A maioria que verbaliza sobre a instalação da estátua da Liberdade, não gera um só emprego, quiçá milhares, como o empresário e homem de sucesso Luciano Hang.
Não faz muito tempo os supermercados de São Luís não abriam no domingo à tarde, por causa de uma lei municipal de autoria de um vereador petista. Enquanto isso, Teresina tinha supermercados que funcionavam 24 horas.
Não há praga maior que a do atraso: trava tudo, e o pior, dificulta a vida dos mais pobres. Pergunte a um pai ou mãe de família desempregado, se eles estão preocupados com estátua, menos ainda se é direita, centro ou esquerda. Se o dono é amigo de Bolsonaro, de Lula ou do Capeta. Querem emprego e comida. Foram entregues 12 mil currículos atrás de empregos. O desemprego em SL é enorme.
Para os incautos, a estátua da Liberdade, a original, incrustada em Liberty Island, foi um presente do povo francês aos americanos em comemoração ao centenário de sua independência, em 1876. Assim como São Luís, a estátua da Liberdade, é Patrimônio Mundial da Unesco, e uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.
Moramos em um Ilha, oxalá não sejamos vencidos pela burrice tóxica, pelo atraso, ignorância por todos os lados. Uma cidade em que muita gente passa fome, quando se cria empregos, ainda há ignóbeis a granel a bradar asneiras. Que homens e mulheres esclarecidos da ilha rebelde, não se deixem intimidar pela boçalidade desses energúmenos, especialistas em zuada.
O Maranhão tem uma Nova Iorque, um do mais pobres municípios do estado, nunca vi um ato pedindo para mudar seu nome. É oportuno que essa turma do barulho, tão indignada, vá até nossa NY, abra nem que seja uma bodega, uma quitanda, um bar, um lava jato e crie empregos. Já iria ajudar bastante. Protesto de boca, não serve.
Seja bem-vinda Havan, que venham outras.
* Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista e viajante: o sul-americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 143 países em todos os continentes
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