São Luís - No mês em que se celebra 15 anos de existência da Lei Maria da Penha, uma nova voz entoa versos fortalecendo a luta contra a violência de gênero. Quem levanta o grito é a cantora e compositora Tônia Zul, multiartista brasiliense que escolheu São Luís como lugar de morada e abrigo do início de sua carreira musical. “Por todas nós”, terceiro single da cantora, foi lançado na quarta-feira (25), nas principais plataformas digitais.
Militante social desde os 15 anos de idade, Tônia Zul encontrou no movimento feminista do Maranhão o ardor de uma nova bandeira. “A violência contra a mulher é algo a ser combatido concomitantemente à luta de classes. Não pode esperar”.
Tomada de empatia, a nova composição chegou à mente e ao coração de Tônia com a frase “Nenhuma a menos. Fiquei dias com essa frase na cabeça. E a música veio dela. Geralmente, é assim que minhas músicas nascem”, revelou.
O single apresenta uma abordagem sensível sobre o assunto em uma musicalidade que promete agradar os fãs de boa música. Palavras fortes e definitivas da mulher em contraste com a melodia suave do blues geram uma aparente contradição em “Por todas nós”, já disponível no YouTube, Spotify, Deezer e demais serviços de streaming.
Enquanto a gaita tocada por Ricardo Foca conduz o ouvinte de forma envolvente, palavras que habitam o peito de muitas mulheres penetram os ouvidos. “A lâmina fria que te fere/ nos atinge brutalmente”: o verso explicita que a violência contra a mulher não se trata de casos isolados.
Desenhos
A violência que atinge uma atinge a todas. Em pequeno teaser da canção, as fotografias de Tônia se intercalam a desenhos de mulheres, também assinados pela artista. O trabalho em artes plásticas é divulgado principalmente no Instagram da artista (@tonia_zul). O single foi gravado no estúdio Blackroom, lançado pela Canastra Records, e produzido pelo músico Sandoval Filho.
Quando questionada sobre sua origem, Tônia responde de maneira curiosa: “Sou de lugar nenhum”. Uma outra interpretação poderia dizer que a artista é de muitos lugares, na verdade. Nasceu em Brasília, experimentou Belo Horizonte (MG) e Senhor do Bonfim (BA), maturou em Salvador (BA), cresceu em Goiânia (GO), morou em Franca (SP), viveu em São Paulo (SP) e acolheu São Luís (MA) como casa há 7 anos.
Na capital maranhense, continuou se desenvolvendo. É estudante da Escola de Música Lilah Lisboa de Araújo e integrou a primeira turma do curso de formação de atores da Escola de Cinema do Maranhão.
Em 2021, lançou sua primeira música, ‘Sonhar’, cujo título não poderia ser mais adequado. “Que lua é essa que me chama pra cantar/ me chama pra vida, pra sentir, desejar” são alguns de seus versos que namoram a liberdade. Já seu segundo single, “Chuva”, fala do amor comprometido em desatar nós. As duas músicas foram arranjadas pelo músico Hurak Mangoo, que também assina a produção dos clipes. O primeiro deles foi selecionado para a Mostra Cinema Maranhense na Pandemia, realizada em 2020 pela Lume Filmes e Guarnicê Produções.
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