No dia 15 de outubro, ano a ano, comemora-se o “Dia do Professor”.
Não conheço nenhuma outra profissão tão despojada e livre de egoísmo, pois uma pessoa que passa boa parte da sua vida dedicada aos seus semelhantes, transmitindo os conhecimentos que adquiriu, tem que ser alguém vocacionado à realização dos seus sonhos. O produto que oferece à sociedade - o aluno que se torna um profissional de sucesso - é a prova de que a semente que plantou deu bons frutos.
Exercer o magistério em qualquer nível exige humildade, paciência e perseverança: humildade para reconhecer que, como professor está sempre aprendendo; paciência para colher os resultados das ações sabendo esperar ao longo do tempo; perseverança para continuar caminhando mesmo em condições circunstancialmente adversas.
Assim procurei agir durante quase trinta longos anos como professor universitário e ainda sinto muitas saudades do contato diário nas salas-de-aula, confissão que fiz, em 2014, na Université Lumière 2, de Lyon, na França, em palestra proferida aos diretores, professores e alunos do seu Instituto de Língua Portuguesa, também na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Portugal.
Embora nunca tenha ensinado nos níveis fundamental e médio, acompanhei de perto os estudos dos meus quatro filhos e, um pouco mais de longe, dos meus netos; sei, portanto, algo sobre a problemática das crianças, dos jovens e adolescentes, e dos adultos, seus anseios e expectativas em torno da figura do professor, alguém considerado mais experiente e capaz de conduzi-los nos difíceis caminhos da vida. É muita responsabilidade.
Fico triste, contudo, quando esse comportamento do professor é desvirtuado principalmente por razões meramente materiais; não compreendo atitudes que possam desafiar a autoridade dos superiores nem constranger alunos. O professor tem a obrigação de dar o bom exemplo nos atos que pratica, dentro e fora da escola, pela grande responsabilidade que assume perante a sociedade.
Ensinei e eduquei muitos universitários e nunca tive nenhum problema com eles que não tivesse sido resolvido. Hoje, são todos meus amigos e deles guardo saudosa lembrança; alguns são meus trunfos pelo sucesso que experimentam na vida profissional, atestado inegável de que plantei a boa semente.
Lembro-me dos muitos alunos que tive, entre 1968 a 1997: na Escola de Administração Pública, na praça Antônio Lobo; na Federação das Escolas Superiores, no bairro da Alemanha; na Universidade Estadual, na Cidade Universitária; na Universidade Federal, no campus do Bacanga, por onde me aposentei.
Lembro-me também dos meus professores, em diversas épocas, desde o curso primário até o Mestrado, entre outros ilustres: Doralice Carvalho, Lafayette de Mendonça, Edmée Assunção, Filomena Machado Teixeira, Ary Cunha, Nereu Bittencourt, Waldemar Carvalho, Elísio Belchior, Eduardo Suplicy.
Pelo “Dia do Professor” parabenizo àqueles que exercem essa nobre missão e conclamo-os à grande tarefa que tem pela frente: a consolidação do que já foi conquistado e dar mais eficiência e eficácia ao Sistema pela otimização dos recursos que sabemos todos serem escassos.
Precisamos administrar sabendo medir resultados num processo gerencial que faça da hierarquia uma linha absolutamente horizontal, onde todos agem e interagem em proveito da sociedade.
Parabéns aos que fazem do magistério a sua razão de viver.
Antônio Augusto Ribeiro Brandão
Economista, membro da ACL, do IWA e do MNELOSL, fundador da ALL
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