Se sobram motivos para ir ao Espigão Costeiro da Ponta d’Areia, sendo o principal deles a atração visual proporcionada pelo mar, há uma série de outras razões para se manter atento ao frequentar o local. Em meio ao ambiente aprazível, onde a prática de lazer e as apresentações culturais tornam a visita uma experiência inesquecível, pode haver incômodos e até mesmo perigos a quem espera apenas momentos agradáveis. Assaltos, acidentes e, mais recentemente, um caso de atentado ao pudor mostram que o ambiente pode ser inóspito, sobretudo aos mais distraídos.
O noticiário contém vários relatos de crimes desde que as obras de ampliação e urbanização do espigão foram inauguradas, em novembro de 2014. Uma das vítimas foi um empresário que, há dois anos, em plena luz do dia, foi totalmente despido por ladrões, que não se contentaram em roubar-lhe apenas dinheiro, relógio, celular e jóias. Casos de afogamentos também já foram registrados, inclusive com morte.
Tantas ocorrências policiais reforçam a necessidade de segurança permanente no local. O movimento intenso de pessoas, entre as quais levas crescentes de turistas e até famílias inteiras, atrai criminosos e outros indivíduos com intenções diversas ao lazer convencional. Monitorar o espaço passou a ser uma medida primordial, já que a ausência da polícia ou mesmo a presença de contingente inexpressivo deixaria os visitantes vulneráveis à ação de malfeitores.
Se os crimes ameaçam a vida, outras práticas já registradas no espigão também são condenáveis, pois podem afugentar o público, tamanha a afronta moral que representam. A foto de um casal fazendo sexo sobre um banco, que circula desde o início da semana em redes sociais, com reproduções em blogs, ganhou ampla repercussão e suscitou uma polêmica que pode afetar a visitação ao até agora prestigiado espaço.
Isso porque é inegável que o ato sexual naquele lugar público representa a degradação de um ambiente concebido para ser um dos pontos turísticos da cidade e para diversão em família.
Já que o crime de atentado ao pudor não foi excluído do Código Penal Brasileiro, o homem e a mulher que protagonizaram a cena poderiam muito bem ser enquadrados nesse artigo. Mas é praticamente impossível que isso ocorra, pois a foto não os identifica, tamanho o cuidado de ambos em não mostrar os rostos, exercendo, assim, sua fantasia com total liberdade.
O choque provocado pela cena erótica em muitos cidadãos é justificável. Principalmente, quando se leva em conta que atos como esse podem dar margens a outras transgressões, algumas prejudiciais à sociedade. Assim, não é exagero afirmar que o exibicionismo a dois em pleno espigão foi inoportuno, inconveniente e despropositado aos olhos de quem preza não apenas o lado íntimo.
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