TIMON - Em Timon, no Leste do Estado, a prefeita Socorro Waquim vai recorrer da decisão da Justiça que a condenou por ato de improbidade administrativa. A decisão judicial foi motivada por supostas irregularidades em um concurso público realizado pelo município há dois anos. Assista à reportagem de Laércio Caldas, da TV Mirante.
O concurso em questão era para os cargos de nível médio e fundamental. A prefeitura teria dispensado a licitação e contratado uma fundação para realizar as provas. As investigações descobriram, no próprio contrato, que o município não pagaria qualquer quantia à organizadora do concurso, mas que ela ficaria com todo o dinheiro arrecadado nas inscrições, o que, para a Justiça, configura renúncia de receita, lesão ao erário público: R$ 800 mil foram arrecadados.
O que chama atenção do Ministério Público é que, na época, pessoas à frente da fundação que fez o concurso hoje são aliadas políticas da atual prefeita de Timon, Socorro Waquim.
A ação na Justiça, que foi iniciada em 2009, resultou agora na condenação da prefeita Socorro Waquim, em primeira instância, por ato de improbidade administrativa. De acordo com a decisão, além da prefeita, devem deixar os cargos, todos os integrantes da comissão de licitação do município, por responderem solidariamente pelas irregularidades praticadas.
A Assessoria de Imprensa da prefeita de Timon, Socorro Waquim, informou que ela está viajando para Brasília, e que chega hoje (2) à noite. Informou, ainda, que somente após ser comunicada oficialmente vai recorrer da decisão. Enquanto couber recursos, Socorro Waquim continua na Prefeitura de Timon.
O concurso para os níveis médio e fundamental continua valendo. Já o concurso para nível superior, realizado na mesma época, foi anulado. O Ministério Público quer agora que a fundação que organizou o concurso devolva o dinheiro das inscrições dos candidatos de nível superior.
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