
Futuro incerto fragiliza a base governista no MA
Sem uma decisão a respeito da posição que o governador Carlos Brandão tomará para 2026, aliados pressionam.
SÃO LUÍS - Há uma pressão da classe política para que o Palácio dos Leões se posicione sobre o futuro do grupo governista para 2026. Os que fazem parte da base querem resposta para a pergunta sobre abril do próximo: afinal, o governador Carlos Brandão (PSB) se desincompatibilizará ou não?
Mas os governistas afirmam que Brandão não pode responder isso agora porque se disser que vai sair da cadeira, “o governo acaba no dia seguinte”. Pode até ser, mas isso não aconteceu com Flávio Dino, por exemplo.
Em dezembro de 2020, Dino confirmou em entrevista que deixaria o governo em abril de 2022. Na época, dizia que não sabia se seria para disputar o Senado ou a presidência. Depois disso, confirmou que seria candidato a senador. Chegou até a cogitar em não deixar o governo, em 2021, depois do ato 7 de setembro de Bolsonaro na época.
De lá pra cá, a única dúvida que permaneceu por quase um ano era sobre o candidato que Dino apoiaria para o governo já que seu grupo político tinha mais de um nome. O então governador “cozinhou o galo” deixando até Felipe Camarão (PT), secretário de Educação, lançar candidatura com o apoio dos hoje governistas de oposição.
Somente em novembro de 2021 que Flávio Dino decidiu por Carlos Brandão para o governo.
Nesse processo, o mais desgastado foi o próprio Brandão, que como vice, não fazia os movimentos necessários de uma pré-campanha como faz atualmente Felipe Camarão e como fez quase a exaustão o senador Weverton Rocha (PDT). Ele até sabia que seria governador, mas tinha a incerteza quanto ao apoio de Dino e seu grupo para uma futura reeleição.
Claro que o processo de Dino deixar o governo tinha um cenário diferente do que tem o governador. Mas mesmo assim, Brandão acaba deixando o grupo governista fragilizado com a incerteza dos movimentos das peças no tabuleiro do jogo político. E, por isso, a pressão.
E o que tudo indica, essa incerteza vai continuar porque a crise interna do grupo governista nunca passou. O clima às vezes reduz o calor, mas há sempre uma ou outra faísca que acaba incendiando a base palaciana de novo e de novo.
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