
Ben-hur a perder de vista
“Qual filme você assistiu mais de dez vezes e tem vontade de assistir novamente? ”
Tivesse eu que apontar 3 filmes marcantes...
“Qual filme você assistiu mais de dez vezes e tem vontade de assistir novamente? ”
Essa pergunta, em uma postagem do Facebook, despertou-me a curiosidade a ponto de conferir as respostas.
Acompanhei vários comentários, para mais de 70, que destacaram, para surpresa minha, alguns filmes antigos de minha preferência como Ben-Hur e A noviça Rebelde etc, entre vários outros de produção mais recente
Tivesse eu que apontar 3 filmes marcantes escolheria um para cada diferente fase da minha vida: Ben-Hur na infância, Dr.Jivago na adolescência e A Primeira noite de tranquilidade, na maturidade.
Ben-Hur e Dr.Jivago foram filmes premiados com vários Oscars. A primeira noite de tranquilidade sequer pertence aos cânones dos críticos de cinema. As razões dessa minha escolha fogem à objetividade dos entendidos em cinema e prende-se às sensações que os cristalizaram em minha memória por diferentes motivos.
Ben-Hur não representou para minha infância apenas um filme assistido e admirado, mas uma descoberta. O glorioso impacto aconteceu quando descortinei, à vista da tela, cenas memoráveis quase ao alcance da mão: o sofrimento e o combate nas galés; a famosa corrida de bigas, o reencontro do personagem principal com mãe e irmã despedaçadas pela lepra, o milagre e a redenção.
Ao constatar, porém a ausência de qualquer citação na referida lista a Dr.Jivago, fiquei motivado a fazer o seguinte comentário:
“Jamais assistiria a um filme dez vezes, a ponto de repeti-lo mais tarde, mesmo sendo Ben-Hur, mas sinto falta, entre os citados, de Dr.Jivago. Para mim, há várias razões para assisti-lo mais de uma vez além da concepção estrutural e cinematográfica intrínseca ao filme: os sedutores olhos verdes da heroína Lara (Julie Christie), a cena antológica de sua incursão em uma festa de ricaços em que ela, plebeia e vestida com andrajos, invade o luxuoso salão para dar um tiro no homem que a prostituía seguida de sua saída triunfal e impactante. A fotografia gélida e sombria, coerente com a opressão dos anos pós- revolução comunista russa. Tudo isso tendo ao fundo a música tema do filme: o tema de Lara. Belíssima!
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