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Erros, conflitos e mudanças na Seduc: os próximos capítulos da crise do grupo governista

Com sucessivos equívocos, Felipe Camarão será exonerado na Secretaria Estadual de Educação; saída representa rompimento para os dinistas órfãos.

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Felipe Camarão já sabe que, nesta semana, deve sair do comando da Seduc e ficará somente como vice-governador de Carlos Brandão
Felipe Camarão já sabe que, nesta semana, deve sair do comando da Seduc e ficará somente como vice-governador de Carlos Brandão (Reprodução)

SÃO LUÍS - Foram muitos os erros do vice-governador, Felipe Camarão (PT), no governo de Carlos Brandão (PSB). E estes erros levam agora para a saída dele da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) e o afastamento de fato do Palácio dos Leões. Isto pode, em 2026, deixar Felipe sem sentar na cadeira de comando do Estado.

Desde o início do segundo governo de Brandão que há um acirramento de ânimos com o pessoal mais ligados ao então ministro da Justiça, Flávio Dino. Na época, os espaços no governo eram reivindicados, mas muitos dos pedidos estavam sendo negados e outros espaços sendo retirado, o que é normal quando há outro governo.

Seduc e a Secretaria Estadual de Cidades (Secid) foram outros dois pontos de tensão porque tinham super estrutura com Dino, mas ficaram enfraquecidas a partir de janeiro de 2023.

De lá pra cá, os conflitos iam e vinham. Nesta época, Dino ainda atuava politicamente e, em março de 2023, Brandão e ele conseguiram aparar algumas arestas e o clima diminuiu a temperatura no grupo governista.

Mas a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) deixou a situação tensa de novo. Com seus herdeiros órfãos agora, Dino deixa claro que não interferirá nos problemas do Maranhão. Sem saber o que fazer, os herdeiros dinistas resolveram ir para o enfrentamento, claro, usando sempre o nome do ministro.

Com isto, os conflitos aumentaram. Felipe Camarão, então, influenciado pelos aliados decidiu também participar da guerra. Os deputados Carlos Lula, Rodrigo Lago e Márcio Jerry convenceram o vice-governador que ele estava sendo prejudicado pelo Leões e que nunca assumiria o governo.

Felipe, que perdeu a mão na postura de vice e de auxiliar do governador  e, como os demais dinistas, sofre por não ter mais o mesmo espaço e poder da época de Dino, foi para o enfrentamento. Entregou mais de uma vez o cargo de titular da Seduc fora as vezes que “enviou recado” que deixaria o governo.

O clima foi esquentando e agora o rompimento se deu. Felipe Camarão será exonerado da Seduc assim que o governador voltar da viagem internacional. Na prática, ele já se considera fora porque nada mais é tratado com ele sobre a educação. 

E com tantos erros e equívocos em suas posturas, fica difícil para os dinistas conseguirem sustentar a tese de que houve traição por parte do governador.

Não sustenta

E a tese de que houve traição de Carlos Brandão não consegue se sustentar também pela postura dos dinistas órfãos com o candidato do próprio Flávio Dino a Prefeitura de São Luís.

Eles abandonaram Duarte Júnior (PSB). Usam uma postura de que estão apoiando, mas na prática nada fazem.

Ao que parece, a traição se mostra mais do lado dos dinistas órfãos que estão ajudando o adversário do grupo governista na capital. 

Mais tensão

Além de São Luís, os dinistas órfãos também estão em confronto com os palacianos em Colinas e Barreirinhas.

Em Colinas, Márcio Jerry quer porque quer que o governador abra mão do comando do município para passar o poder para o irmão do deputado, João Haroldo Barroso (PCdoB).

Um Barreirinhas, os dinistas queriam o apoio do governo ao atual prefeito, Amilcar Rocha (PCdoB), mas o Leões vai com Vinicius Vale (MDB). Como não conseguiram, eles decidiram retirar a candidatura a reeleição e apoiar o adversário do candidato governista, Léo Costa (Pode). 

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