Colinas, o rompimento e as vítimas da briga
Palacianos dão como certo o rompimento e tudo passa por eleição em Colinas e vaga do TCE.
SÃO LUÍS - “O rompimento é um fato consumado já”. Assim disseram governistas ouvidos pela coluna durante as duas semanas que passaram. E o mais surpreendente é que a confusão tem origem na cidade de Colinas. Parece ser exagero, mas a futura candidatura do irmão do deputado Márcio Jerry, João Haroldo, muito diz sobre a confusão dentro do grupo governista.
De fato, as relações dos governistas insatisfeitos com o Palácio dos Leões com o governador Carlos Brandão (PSB) vinham abaladas faz um tempo. Mas ainda era mantida a frágil linha da aliança interna.
Mas foi o acordo em torno da candidatura de João Haroldo que deixou o clima mais tenso. Jerry, que sempre foi o homem forte do ex-governador Flávio Dino, já trouxe diversos recados vindos do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar resolver a questão em Colinas, mas não foi atendido e nem deverá ser.
Jerry já teria dito até que se em Colinas for resolvido, tudo será resolvido em Brasília também. “Até a questão do TCE”, mas de nada adiantou.
Com isto, os dinistas passaram a pressionar mais e se fantasiarem de oposição ao governo. O resultado é o rompimento e a certeza do vice-governador, Felipe Camarão (PT), de que em abril de 2026 ele não assume o comando do Maranhão.
Os horizontes apontam para a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), que pode dar as garantias que querem os Brandão pós 2026.
E esta briga provinciana pode fazer outra vítima além de Camarão. O deputado Duarte Júnior (PSB) pode ser prejudicado com o rompimento do grupo. Na verdade, para muitos palacianos, ele já está tendo prejuízos que poderão refletir na candidatura dele a prefeito de São Luís.
Sem falar
Há algumas semanas, a situação ficou tensa ao ponto do vice, Felipe Camarão, anunciar que entregaria a Secretaria de Educação.
A decisão deixou o clima mais quente e levou o governador Carlos Brandão nem mais atender o seu vice.
Os dois já estão há um bom tempo sem conversar e mesmo com o distanciamento, Camarão ainda tenta apagar os incêndios que brotam a cada dia na base governista.
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