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COLUNA
Meire Rabello
Administradora, Educadora Popular e Integrante de Religiões de Matriz Africana.
Meire Rabello

Comemorar o que?

Mas, são tantas questões envolvidas, nesses 136 anos ao povo negro no Brasil e no Maranhão.

Meire Rabello

13 de maio? Um ato de Benevolência e a princesa, como uma heroína branca, responsável pelo fim da escravidão. Mas, são tantas questões envolvidas, nesses 136 anos ao povo negro no Brasil e no Maranhão.

O meu recorte vai para a intolerância religiosa, o racismo estrutural, esse sendo o ápice em todas as discussões mundiais.

No Brasil, a discriminação racial é tão severa quanto o preconceito em si, apesar das inúmeras campanhas por igualdade de direitos e contra as práticas racistas. Ter acesso à educação e portanto, ao mercado de trabalho constitui sério obstáculo para negros e pardos, os quais representam, segundo o IBGE, 51,1% da população brasileira. São os pobres, negros e pardos os que mais são objeto de variados atos de intolerância social ou laboral.

O assédio moral religioso, o constrangimento e humilhação têm por motivo a religião. Ele normalmente se origina em uma discriminação de determinados grupos nos espaços de empresa em razão da fé. O ofensor, além de identificar uma crença com o qual não compactua, adota ações e práticas depreciativa em relação à pessoa que a prática.

A relação de trabalho é uma relação de poder, na qual o empregador pode mandar e desmandar. Essa autoridade, contudo, não é ilimitada e esbarra nos próprios direitos da pessoa humana.

A luta contra a intolerância religiosa no ambiente de trabalho requer uma atuação conjunta de todos os envolvidos, incluindo os empregadores, os órgãos governamentais e a sociedade como um todo. Somente por meio do respeito à diversidade religiosa e da promoção de um ambiente inclusivo e harmonioso é que poderemos construir um futuro em que todos sejam tratados com igualdade e dignidade.

Segundo Silvio Almeida, afirma em dizer que o racismo é uma decorrência da própria estrutura social, ou seja, do modo normal com que se constituem as relações políticas econômicas, jurídicas e até familiares, não sendo uma patologia social e nem um desarranjo institucional. O racismo é estrutural, e esse racismo é parte de um processo social que ocorre pelas costas dos indivíduos e lhes parece legado pela tradição. E nas estruturas de Estado é um fato rotineiro.

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