Manifestação

Em São Luís, protesto de trabalhadores rurais cobra ações de combate à violência no campo

A manifestação começou por volta das 5h; passeata ocorre em direção ao Palácio dos Leões.

Imirante, com informações da TV Mirante

Atualizada em 23/04/2024 às 11h24
Com palavras de ordem, os manifestantes chamam atenção para conflitos rurais. (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)
Com palavras de ordem, os manifestantes chamam atenção para conflitos rurais. (Foto: Juvêncio Martins/TV Mirante)

SÃO LUÍS – Uma manifestação, com concentração em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, no Cohafuma, em São Luís, busca chamar a atenção para o problema da violência no campo no Estado. Caravanas de trabalhadores rurais chegaram de diversos municípios maranhenses para participarem do protesto que deve tomar as ruas da capital.

Desde as 5h desta terça-feira (23), os manifestantes já se concentravam na porta da Assembleia. Eles pedem paz no campo com a implementação de políticas públicas e leis que garantam respeito e valorização do trabalhador rural.

Policiais acompanham o protesto dos trabalhadores rurais. (Foto: Divulgação)
Policiais acompanham o protesto dos trabalhadores rurais. (Foto: Divulgação)

Os manifestantes também exigem melhorias na educação, saúde e questões ambientais para as comunidades rurais. Por volta das 7h30, foi iniciada uma passeata em direção à sede do governo do Maranhão, o Palácio dos Leões, no Centro. Homens da Polícia Militar do Maranhão (PMMA) e Polícia Rodoviária Estadual acompanham o protesto.

Manifestantes se concentram na porta da Assembleia Legislativa do Maranhão, no Cohafuma. (Foto: Divulgação)
Manifestantes se concentram na porta da Assembleia Legislativa do Maranhão, no Cohafuma. (Foto: Divulgação)

Dados sobre Conflito no Campo no Maranhão

Segundo dados apresentados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Maranhão é o terceiro Estado com mais conflitos no campo.

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Conflitos no campo foram recorde em 2023, mas área em disputa diminuiu

Em 2023, o Maranhão registrou, de acordo com o levantamento, 171 conflitos por terra, 13 casos de trabalho escravo rural, sendo 104 pessoas resgatadas em situação análoga à escravidão, além de 22 casos de disputa por água. Com relação à violência contra a pessoa, foram registrados quatro assassinatos e sete tentativas deste crime.

Nos últimos 10 anos, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) registrou casos de violência contra pessoas em conflito no campo em 492 dos 5.568 municípios brasileiros. A região nordeste desponta com o maior número de ocorrências, totalizando 1.146 casos. Destacam-se, entre os municípios mais afetados, Amarante (44), Bom Jardim (47) e Viana, no Maranhão (45), assim como Jaqueira, em Pernambuco, com 46 casos. A região norte fica em segundo lugar, com um total de 931.

Veja imagens do trânsito na região onde começou o protesto:

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