SÃO LUÍS – O F1 in Schools é uma competição internacional para estudantes de 9 a 19 anos que tem por objetivo promover, ainda na escola, o conhecimento e a prática nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia, matemática e marketing, gerenciando escuderias que funcionam como uma empresa. Além das competições em pistas de corrida com carros em miniatura projetados pelos competidores, há projetos sociais desenvolvidos pelas equipes como importante parte da competição.
No Torneio SESI de Robótica – Regional Maranhão, que ocorreu no último final de semana (13 e 14/01), todas as escuderias do estado do Maranhão e estados convidados (Pará e Paraná) trouxeram projetos sociais com relevância para a sociedade que, inclusive, servem também como critérios avaliativos e de desempate em caso de equipes com mesma pontuação.
As equipes do Maranhão têm tido destaque nesse quesito. A escuderia Ragnar, da Escola SESI São Luís, já levou o prêmio nacional. Seu projeto “HidroRag” tem como objetivo principal a reutilização e filtragem da água da chuva, tornando-a potável. A equipe criou um filtro de carbono vegetal da casca do coco babaçu, que é um fruto típico do Maranhão, o que tornou o projeto inclusivo e cultural.
A equipe Graffeno, da Escola SESI Imperatriz, também já tem experiência no campeonato com premiação nos projetos sociais, e com o “Construindo o futuro” eles visam melhorar a educação. Eles levam o ensino da robótica para um público de escolas públicas que estão em vulnerabilidade social. Por meio da robótica e de recursos visuais práticos com oficinas realizam ensino de qualidade tornando a robótica acessível. Nesta temporada do torneio regional, a Graffeno levou o prêmio extraoficial de “Gestão de Projeto” e garantiu participação na etapa nacional da competição por conquistar o 3º lugar geral no Maranhão.
Já a escuderia Tupã, do Paraná, veio pela primeira vez na regional Maranhão e já ganhou em 1º lugar em Projeto Social, outra categoria extraoficial do torneio. A escuderia desenvolve o “Projeto AYRA” que traz um método inovador de ensino em lógica de programação para lugares que muitas vezes não têm acesso nem mesmo à internet. Então o ensino é de forma “desplugada” com um tabuleiro de códigos ligado a uma apostila didática com diversas atividades e assuntos, como sustentabilidade e os 5R’s.
A escuderia Harpyons, da Escola SESI São Luís, desenvolveu o projeto "Saúde que Move", que visa levar saúde para comunidades sem acesso a serviços hospitalares, por meio de uma clínica móvel. A equipe fez parcerias com postos de saúde que forneceram instrumentos médicos. Além disso, eles também focaram no ensino da prevenção das IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis) para que, principalmente, mulheres tivessem conhecimento e possam evitar tais infecções.
“O F1 in Schools desafia esses jovens e os prepara para toda a vida, para serem não só bons profissionais, mas os melhores. Os projetos são de importância imensa. Eles pensam também no próximo, olham ao seu redor e melhoram sempre as comunidades em que vivem. Vimos em etapas regional e nacional eles realizarem projetos que já mostram para a gente que a F1 não é só carro de corrida. É uma preparação para a vida”, destacou o superintendente do SESI-MA, Diogo Lima.
O representante da Fundação Projetando o Futuro, organizadora nacional da F1 in Schools, Waldemar Battaglia, retornou a São Luís nesta temporada e atestou o desenvolvimento das equipes. “Muitas equipes subiram de nível. Deu para ver que trabalharam bastante na preparação e agora, para as escuderias classificadas, é treinar bastante para a etapa nacional”, disse Battaglia, acrescentando que agora ‘virou moda’ as equipes do SESI Maranhão conquistarem prêmios na fase brasileira do torneio.
As escuderias Pugnator e Spartacus, do SESI São Luís, e a Graffeno, do SESI Imperatriz, que ficaram nos primeiros lugares na classificação geral do torneio, irão enfrentar os competidores de todo Brasil.
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