Construir um futuro mais sustentável é um desafio de todos. As emergências ambientais pressionam para a revisão de práticas de consumo, de produção e da forma de lidar com os recursos do planeta. Significa, inclusive, entender que atitudes individuais não são suficientes. Não é responsabilidade apenas de um setor, afinal, o planeta é compartilhado e estamos todos juntos nessa jornada de transformação urgente.
Essa é uma das discussões da COP 28 (28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que tem como principal objetivo limitar a emissão de poluentes e a elevação da temperatura do planeta, discutindo os efeitos do aquecimento na saúde e no meio ambiente.
Na mineração, atividade essencial para a vida moderna, a Vale, uma das líderes do setor, tem encabeçado um movimento de descarbonização da cadeia, não só revisando suas práticas e assumindo metas para reduzir suas emissões, mas também influenciando parceiros e outras indústrias a fazerem o mesmo. A sustentabilidade virou, definitivamente, uma das alavancas do negócio da mineradora e tem guiado todas as operações e projetos da companhia.
Na prática, as empresas, incluindo a Vale, agora lidam com dois grandes desafios: gerir os impactos das operações atuais e trabalhar para que eles sejam cada vez menores ou neutralizados num futuro próximo. E a vigilância sobre isso é cada vez maior.
Recentemente, uma discussão acerca da qualidade do ar no Distrito Industrial de São Luís e área urbana da capital ganhou o noticiário maranhense. Em foco, os constantes desvios nos padrões aceitáveis de emissão, principalmente de dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio, a partir da queima de carvão. Uma pergunta ficou no ar: afinal, como cada uma das empresas do Distrito pode contribuir para esses indicadores?
Para começar a responder essa questão é importante entender o que cada uma faz. Em São Luís, a Vale mantém operações estratégicas, como a Usina de Pelotização e o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, que juntos à ferrovia empregam cerca de 22 mil pessoas, direta ou indiretamente. O produto manipulado e comercializado é o minério de ferro, que tem um aspecto semelhante a areia e é a base para a produção do aço.
Do ponto de vista ambiental, a emissão de particulado é o aspecto ambiental predominante das operações da mineradora na capital. A empresa não usa carvão mineral como fonte de energia em nenhuma fase dos seus processos. A queima do carvão foi apontada como um dos vilões para os desvios da qualidade do ar. Na Vale, esse produto é utilizado como insumo na produção de pelotas, representando menos de 1,9% do volume total processado de minério.
Para garantir uma gestão eficiente das emissões atmosféricas, a empresa atua no monitoramento e controle de particulado oriundo das suas operações. Um dos principais programas do Complexo de Ponta da Madeira está relacionado às emissões atmosféricas e monitoramento da qualidade do ar. Nele, é verificado diariamente as taxas de emissões e concentrações de particulados dispersos no ar, mesmo que não estejam visíveis. Equipamentos modernos ajudam nesse trabalho.
A empresa mantém 32 estações automáticas de monitoramento de partículas, sendo 28 no Terminal Marítimo, que são utilizadas para acompanhar as emissões fugitivas de partículas nos pátios de estocagem e correias transportadoras, e 4 na operação da Pelota, garantindo um controle mais eficiente de seus particulados na fonte. Tem ainda 4 estações automáticas de monitoramento da Qualidade do Ar e Meteorologia que são utilizadas para monitorar a qualidade do ar na região onde estão instaladas e avaliar possíveis contribuições de suas operações.
Caso os monitoramentos internos mostrem que o ar está fora dos padrões estabelecidos pela empresa, é traçado um plano de ação para buscar a melhor solução, no menor tempo possível. Isso pode representar: aumentar os controles com umectação de pilhas e vias de acesso ou até paralisar a operação.
Outra estratégia adotada para aumentar a eficiência dos controles de particulados, é a utilização de polímeros, substância química que, quando misturada à água, cria uma camada de proteção por cima do minério e aumenta a resistência dele contra o vento, evitando a suspensão e deslocamento das partículas. Há ainda os aspersores que agem sobre os viradores de vagões e nas correias transportadoras.
Já o teste de fumaça preta para veículos a diesel é utilizado nas portarias. Caso seja identificado algum desvio, o veículo é impedido de entrar no local e é encaminhado para a manutenção e correção dos problemas.
Na Usina de Pelotização, além dos controles citados acima, ainda são adotadas estratégias como enclausuramento (barreiras eólicas) e a utilização de equipamentos de controle de poluição (ECP) de grande porte, amplamente utilizado em processos produtivos similares, tais como precipitadores eletrostáticos.
Ao longo dos anos, com a atuação sinérgica desses controles e do monitoramento, a Vale vem cumprindo todos os padrões legais estabelecidos. Os dados são periodicamente avaliados e enviados aos órgãos ambientais competentes. Porém, ao reconhecer que o desafio é maior, a companhia tem participado de fóruns e discussões públicas sobre o tema a fim de que se ache uma solução integrada.
“A Vale não está focada apenas em controlar as suas emissões, em fazer o que é certo. Queremos contribuir e influenciar para que todos façam a sua parte. Os indicadores dos níveis de qualidade do ar devem ser vistos de maneira integrada, considerando a dinâmica da cidade, da região metropolitana e todos os setores da indústria presentes”, afirmou Elson Sousa, gerente de meio ambiente da Vale no Maranhão.
Para saber mais sobre a atuação ambiental, econômica e social da Vale no Maranhão, acesse aqui.
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