Eliziane Gama terá obstáculos para cumprir a missão de relatar CPMI de 8/01
Senadora maranhense terá que mostrar que seu trabalho será equilibrado sem tendências para qualquer dos lados políticos.
SÃO LUÍS - A senadora Eliziane Gama (PSD) terá uma semana decisiva para este início de trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de vandalismo de 8 de janeiro. Ela é relatora desta comissão e não é bem vista nem por oposicionistas e nem por governistas.
Gama terá obstáculos a ultrapassar neste primeiro processo. O primeiro, na verdade, ela já passou. Eliziane Gama acabou ficando com a relatoria na CPMI de 8/01 deixando para trás o colega de parlamento, Weverton Rocha (PDT). Ele tentou entrar na comissão para ser o relator.
Correu primeiro junto ao PDT, que já tinha garantido o espaço para Cid Gomes, logo, não poderia ajudar Weverton. Então, ele buscou a relatoria da CPMI com o senador Davi Alcolumbre (União-AP), que tentou de todas as formas articular para o amigo, mas não conseguiu êxito.
Eliziane levou a melhor. Para a oposição, a ida da senadora maranhense para a relatoria da CPMI tem as digitais do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e, por isso, já se fala em ação judicial para retirá-la do espaço já que Dino, segundo oposicionistas, será um dos investigados na comissão.
Neste caso, Eliziane Gama terá que mostrar que sua postura como relatora será de independência - se num parlamento for possível isto em uma investigação que tem lados bem definidos. Nas redes sociais, a senadora disse que a missão de ser relatora será pautada pelo equilíbrio e muita diligência.
Para os governistas, principalmente os petistas, Eliziane Gama é sempre vista com muita desconfiança. E isto vem desde a época da CPI da Petrobras e do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Esta CPI, por sinal, Eliziane queria porque queria a convocação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse ser o governo dele e de Dilma Rousseff os piores da história do Brasil.
O fato é que a senadora maranhense assumiu uma missão difícil diante de uma polarização acirrada no Congresso Nacional.
Correu, mas não deu
Fontes ouvidas pela coluna afirmaram que o senador Weverton Rocha correu muito para tentar ser relator da CPMI de 8/01.
E que o seu esforço não teria sido possível pela atuação do ministro Flávio Dino. Os dois estão afastados desde o início de 2022 quando Dino anunciou apoio a reeleição de Carlos Brandão.
Na época, o então governador disse que se sentia decepcionado pela decisão do pedetista de manter a candidatura consolidando assim o racha na base dinista.
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