Braide anuncia medidas que não garantem fim da greve
Prefeito de São Luís não apresentou qualquer alternativa que pudesse garantir o direito de ir e vir da população; ele espera cumprimento de decisão judicial.
SÃO LUÍS - Se depender das medidas anunciadas pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) para encerrar a greve dos rodoviários ou manter - de forma alternativa ao sistema atual - a garantia do direito de ir e vir da população, nada vai acontecer.
O gestor não apresentou qualquer alternativa neste sentido. Reforçou os termos do acordo feito em fevereiro com o empresários (reajuste das tarifas e manutenção do subsídio), disse que vai revisar o contrato e que não haverá novo aumento de passagem.
Sobre o aumento de tarifa, pelo contrato, não deve ser feito porque em 2023 já houve o reajuste.
Já em relação ao subsídio, é correto a Prefeitura não repassar os valores, no entanto, é um ponto fundamental que levou a greve dos rodoviários. Este recurso é condicionado pelos empresários como garantia para assinatura do acordo coletivo que reajusta 7% os seus salários.
E sobre a revisão do contrato, pode até ajudar a melhorar a prestação de serviço (dependendo do que for revisado), mas não acabará com a greve.
Pelo visto, Braide aguarda que a decisão judicial seja cumprida, ou seja, que estejam nas ruas 70% da frota. Mas esta decisão, por doas dias, não está sendo cumprida e a população vem sendo penalizada.
Ou então, o prefeito espera que os empresários cumpram o acordo e apresente as melhorias. Se de fevereiro para cá ainda não fizeram, é complicado imaginar que agora poderão fazer.
O fato é que quem deveria garantir o transporte público para os ludovicenses não estar conseguindo e deixando a população sem ônibus, pagando transporte mais caro e deixando a economia da capital prejudicada.
Sem muita ação
Os vereadores de São Luís ainda estão bem tímidos no debate. Por enquanto, de ação, nada.
Eles somente fizeram discursos duros contra o prefeito Eduardo Braide cobrando solução para os problemas no sistema de transporte.
Uma reunião deve acontecer para tentar traçar uma estratégia.
Cadê a fiscalização?
O Ministério Público Estadual deveria entrar na questão dos problemas no sistema de transporte também.
O vereador Álvaro Pires (PMN) levou as planilhas ao órgão de fiscalização na manhã desta quarta-feira, 26.
E isto é estranho, porque o MP tem os dados do sistema que foram encaminhados com o relatório da CPI do Transporte deita pela Câmara Municipal.
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