Análise

Como fica a relação Brandão e Dino na disputa pela presidência da Assembleia?

Governador e senador eleito apoiam nomes diferentes para comandar a Assembleia Legislativa a partir de fevereiro de 2023.

Carla Lima/Ipolítica

Flávio Dino e Carlos Brandão têm opinião diferente sobre nomes para comandar a Assembleia Legislativa
Flávio Dino e Carlos Brandão têm opinião diferente sobre nomes para comandar a Assembleia Legislativa (Paulo Soares)

A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa leva a uma série de dúvidas sobre a relação do governador Carlos Brandão (PSB) com o senador eleito e futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). Do mesmo partido e do mesmo grupo político, aliados buscam entender como vai ficar esta relação entre os dois já que os apoios para o comando do legislativo no Maranhão são diferentes.

Dino, logo após o primeiro turno das eleições, colocou sua “tropa de choque” na Assembleia Legislativa para adiantar o debate sobre a presidência da Casa e declarar apoio a Othelino Neto (PCdoB), que - segundo o próprio - manifestou a vontade ao senador eleito de continuar no comando do legislativo estadual.

E quem não gostou nada das manifestações de apoio foi o governador reeleito Carlos Brandão. A aliados, ele disse que não fez acordo com Othelino para apoiá-lo para presidente da Assembleia. Disse ainda se Flávio Dino fez o acordo com o comunista, não disse nada para ele.

Além de falar de que não há acordo, Brandão determinou que o debate sobre a eleição da mesa diretora da Assembleia paresse imediatamente. Assim atenderam Othelino e os aliados mais próximo dele e de Dino.

Brandão aguardava, na verdade, a confirmação de que Flávio Dino seria o ministro da Justiça. Isto ele teve certeza no último fim de semana quando o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou a senadores que Dino iria para o primeiro escalão de seu governo.

Com isto, Brandão soltou “sua tropa de choque” palaciana para chamar os deputados e apresentar o nome que ele quer para comandar a Assembleia: Iracema Vale, deputada do PSB e de primeiro mandato.

E agora, como chegar a um consenso? A união será possível mesmo?

Os palacianos apostam que Othelino Neto vai recuar e abrir mão de tentar se reeleger. Uma conversa para este fim de semana está agendada entre o presidente da Assembleia e o governador Brandão.

Desta conversa há a ideia de que o consenso virá.

Mas basta conversar com aliados mais próximos de Othelino e Dino que fica claro que “jogar a toalha” não é intenção deles.

Uma outra conversa deverá ocorrer: Dino e Brandão. Talvez desta conversa pode surgir um consenso. Ou um rompimento? 

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