Protestos

Barroso é hostilizado e diz que democracia “impõe respeito ao resultado das urnas”

Ministro do STF foi reconhecido por manifestantes em Santa Catarina.

Ipolítica, com agências

Atualizada em 04/11/2022 às 14h27
Ministro Luís Roberto Barroso emitiu nota após o ocorrido
Ministro Luís Roberto Barroso emitiu nota após o ocorrido (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

SANTA CATARINA - A Polícia Militar precisou ser acionada para ajudar o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a se afastar de um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Santa Catarina, na noite desta quinta-feira (3). O magistrado foi reconhecido enquanto jantava num restaurante da cidade de Porto Belo.

Depois disso, já na madrugada desta sexta-feira (4), ele também precisou sair da casa onde estava hospedado, no litoral do estado. O magistrado foi hostilizado pelos manifestantes, que, insatisfeitos com o resultado da eleição, o acusaram de haver beneficiado a candidatura do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Após o ocorrido, o gabinete do ministro emitiu uma nota:

O ministro Luís Roberto Barroso estava em Porto Belo, Santa Catarina, na última quinta-feira (3) para compromisso pessoal. Quando jantava com amigos em um restaurante, pessoas que participavam de bloqueios de estradas e que foram dispersadas iniciaram um protesto do lado de fora, e o ministro preferiu retirar-se para não causar transtornos aos demais clientes do local.

Ao retornar para a casa onde estava hospedado, a equipe de segurança detectou que um grupo identificara o lugar onde ficaria o ministro e começou a convocar outras pessoas para o local, fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes.

A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar confronto entre polícia e manifestantes, retirou-se do local.

O ministro sequer chegou a ver os manifestantes e não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro.

A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir.

Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

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