MARANHÃO - Em 2018, o Maranhão apresentava 2,2 milhões de pessoas ocupadas de 14 anos ou mais de idade, 5% a menos que em 2017, quando a população ocupada somava 2,3 milhões de pessoas. De 2012 a 2018, houve perda de aproximadamente 250 mil postos de trabalho.
Os dados constam na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C) com a temática Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2018, divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quanto à composição da força de trabalho ocupada por sexo, no Maranhão, 41,7% da população ocupada com 14 anos ou mais de idade é formada por mulheres. Apesar da participação relativa da mulher, no estado, ter sido um pouco menor que a média do Brasil, 43,7%, é nítido o aumento da participação feminina na força de trabalho ocupada no intervalo de tempo entre 2012 e 2018. Nesse período, a participação da mulher no total de ocupados aumentou 2,9 pontos percentuais. No Brasil, nesse mesmo intervalo, o aumento foi de 1,4 p. p..
No Maranhão, a população ocupada dos setores primário (agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura), indústria em geral e construção foi reduzida. Porém, a queda mais significativa se deu no setor primário: redução de 12,7 p. p. entre 2012 e 2018. Nesse intervalo de tempo, em números absolutos, houve diminuição de 359 mil pessoas ocupadas no setor primário da economia maranhense: eram cerca de 719 mil pessoas ocupadas nessa atividade econômica em 2012 e, em 2018, havia apenas 360 mil pessoas ocupadas.
Os setores que mais elevaram a sua participação relativa em termos de pessoas ocupadas foram administração pública, defesa e seguridade e social, educação, saúde e serviços sociais, que, de 2012 a 2108, aumentou a sua participação no total de ocupados, em termos relativos, na ordem de 5,1 p. p.; e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com elevação na participação relativa de 2,9 p.p..
Na análise do pessoal ocupado por nível de instrução, percebe-se diminuição da participação relativa dos menos instruídos no total de ocupados no corte temporal de 2012 a 2018. No Maranhão, houve queda de 12,6 p. p. no total de ocupados das pessoas sem instrução e fundamental incompleto. No Brasil, a redução nesse contingente de grau de instrução foi de 7 p. p., e, no Nordeste, foi de 9,9 p. p..
Por outro lado, foi registrada elevação da participação das pessoas com nível superior completo no todo das pessoas ocupadas. No Maranhão, comparando-se 2012 a 2018, essa elevação foi de 6,2 p. p., enquanto, no Brasil, foi de 5,5 p. p. e, no Nordeste, de 5,9 p.p.
A pesquisa apresentou, ainda, dados sobre associação a sindicatos. De 2012 a 2018, o Maranhão apresentou redução de 155 mil pessoas ocupadas sindicalizadas. A predominância da taxa de sindicalização é das mulheres. No estado, de cada 100 homens ocupados, apenas 16 são sindicalizados. Já no caso das mulheres, de cada 100, 21 são sindicalizadas.
Quanto ao turno de trabalho, 93,8% (aproximadamente 2,1 milhões) das pessoas ocupadas no Maranhão trabalhavam durante o dia e 6,2% (aproximadamente 140 mil) trabalhavam no turno noturno ou parcialmente noturno. Na comparação entre 2012 e 2018, houve diminuição de cerca de 32,9% no volume de pessoas ocupadas à noite.
A PNAD C também forneceu dados sobre os registros de empreendimento no CNPJ. No Maranhão, em 2018, dos 767 mil ocupados como conta própria, apenas 44 mil tinham registro no CNPJ.
O percentual de pessoas ocupadas como empregador que possuem registro no CNPJ, que havia apresentado queda considerável em 2017, de 70% para 56%, manteve-se praticamente estável em 2018 (56,8%), no Estado.
No que tange ao local de funcionamento dos empreendimentos do setor privado, ao longo da série 2012-2018, percebeu-se, no Maranhão, nítida redução de pessoas ocupadas em fazendas, sítios, chácaras, etc. Porém, observando o caso da Grande São Luís, notou-se o contrário dessa tendência.
Houve um aumento no número de pessoas que têm como principal local de trabalho fazendas, sítios, chácaras, etc. Tudo leva a crer que, em função de altas taxas de desemprego nesse período, pessoas radicadas na zona rural da Grande São Luís passaram a ter como principais ocupações criação de pequenos animais, horticultura e fruticultura.
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