IMPERATRIZ - Um professor de química do município de Imperatriz, no Maranhão, realizou uma análise sobre os impactos ambientais que podem ser causados após o rompimento da ponte que ocasionou a queda de dois caminhões carregados com ácido sulfúrico sobre o rio Tocantins.
Segundo o educador maranhense, trata-se de um incidente ambiental grave, mas ele tranquiliza os moradores de Imperatriz e afirma que o nível dos danos depende de alguns fatores, tais como:
- A capacidade dos caminhões-tanque
- A concentração do ácido
- O volume de água do rio
“Apesar do acidente com ácido sulfúrico no rio Tocantins, é importante lembrar que a água do rio está sempre em movimento, e o ácido se dilui rapidamente em grandes volumes de água. Isso significa que, a cada quilômetro percorrido, a concentração do ácido diminui significativamente, tornando o impacto em cidades mais distantes, como Imperatriz, muito pequeno”, disse o professor Erick Rocha.
O professor divulgou um vídeo, em seu perfil no Instagram, um vídeo comentando os principais fatores que devem ser levados em consideração para realizar a análise dos danos.
Leia mais:
Desabamento de ponte: ministro anuncia decreto de emergência e reconstrução de estrutura
Homem resgatado após queda de ponte é transferido para Imperatriz; 12 estão desaparecidos
Mototaxista de 42 anos é a segunda vítima de desabamento de ponte que liga o Maranhão ao Tocantins
Além disso, é necessário um cálculo de diluição para saber o nível do impacto desse resíduo na água do rio. Feito o cálculo, que resultou no valor de 0,01 kg/L ou 10 g/L, o professor afirmou que esse valor é extremamente tóxico e perigoso, mas que a diluição continua ocorrendo com o fluxo do rio.
“Mesmo com o poder de diluição do rio Tocantins, o impacto de um derramamento desse porte seria grave. O pH local poderia cair para níveis extremamente ácidos, ameaçando a fauna e flora aquática e colocando em risco comunidades ribeirinhas. A resposta rápida, como a adição de neutralizantes (ex.: cal ou carbonato de sódio), é essencial para minimizar os danos”, conclui o professor.
Captação de água no rio foi paralisada
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou, nesse domingo (22), a paralisação temporária dos sistemas de captação, tratamento e produção de água em Imperatriz, devido ao desabamento da ponte que conecta o município de Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO). O acidente provocou a queda de veículos pesados no Rio Tocantins, incluindo uma carreta que transportava ácido sulfúrico, o que causou riscos de contaminação às águas do rio.
Com a suspensão das atividades, estima-se que cerca de 800 mil maranhenses, residentes na área margeada pelo Tocantins abaixo de Estreito, sejam afetados diretamente pela interrupção do fornecimento de água, especialmente na cidade de Imperatriz e em outros municípios da região.
A medida foi determinada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), após a detecção do impacto dos produtos químicos no rio. As autoridades estão monitorando a situação e tomando as providências necessárias para evitar a propagação da contaminação e proteger a saúde pública.
Saiba Mais
- Número de mortos em desabamento de ponte sobe para 9; há 8 desaparecidos
- Tanques com ácido e pesticidas podem ficar até um mês submersos no Rio Tocantins
- VÍDEO: Profundidade do Rio Tocantins dificulta busca por vítimas de queda de ponte
- Marinha envia mais equipes para reforçar buscas no Rio Tocantins após queda de ponte
- Brandão decreta luto oficial de 3 dias por mortes ocorridas em rompimento de ponte
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.