Operação Terra Merx

PF mira grilagem de terras no MA; área invadida equivale a 100 campos de futebol

A operação Terra Merx cumpre cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Caxias e Timon.

Imirante, com informações da Polícia Federal

Atualizada em 21/08/2024 às 09h02
A operação “Terra Merx” tem a finalidade de reprimir crimes relacionados à grilagem de terras.
A operação “Terra Merx” tem a finalidade de reprimir crimes relacionados à grilagem de terras. (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

CAXIAS - A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (21), a operação Terra Merx com a finalidade de reprimir crimes relacionados à grilagem de terras do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), tendo sido dado cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Caxias e Timon.

Grilagem de terra consiste na prática criminosa acontece quando há apropriação de terras por meio de documentos falsificados. A investigação conduzida pela Delegacia de Polícia Federal em Caxias levou à identificação de um grupo criminoso voltado à invasão e loteamento ilícito de terras do Projeto de Assentamento do INCRA-PA Engenho D'Água, no povoado Brejinho, distrito de Caxias.

O grupo integrado por pelo menos cinco pessoas é responsável, segundo a PF, por promover desmatamento para abertura de vias de acesso e compartimentação do terreno em diversas parcelas, que se assemelham a lotes e, com isso, passar a promover sua ocupação, seja por meio de venda desses lotes a terceiros, seja por incentivo à alteração e supressão dos marcos já existentes, visando dar aparência de posse regular.

Conforme perícia e levantamentos já realizados na área, durante a investigação, houve desmatamento de 15 hectares com o propósito de exploração econômica, o que permitiu a ocupação indevida de uma área de 107 hectares, equivalente a 100 campos de futebol.

A operação contou com a participação de 20 policiais federais e apura a prática dos crimes de associação criminosa, esbulho possessório, disposição de coisa alheia como própria, invasão de terras da União, loteamento ilícito, desmatamento sem autorização do órgão competente, exploração/extração de matéria-prima pertencente à União sem autorização legal, cujas penas máximas acumuladas podem chegar a 23 anos e dois meses de reclusão.

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