Maranhão

Cinco mercados de Caxias estão abandonados

Desde que foram construídos, os imóveis receberam apenas pintura.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h08

CAXIAS - Em Caxias, pelo menos cinco bairros têm mercados públicos que se encontram abandonados. Construídos entre as décadas de 60 e 70, os prédios estão em estado precário. Desde que foram construídos, os imóveis receberam apenas pintura.

Quem já trabalhou nesses locais se recorda como os mercados dos bairros faziam sucesso e eram uma forma de estar presente na vida da população que não podia deslocar-se até o centro da cidade. A verdureira Manuelina da Silva, 67 anos, hoje aposentada, se recorda como era o mercado da Cohab, quando foi inaugurado há mais de 20 anos. Ela relatou que muitas pessoas trabalhavam nesse local e era um atrativo para os moradores do bairro já que o lugar não funcionava apenas com a venda de frutas e verduras.

“Muita gente que estava sem trabalho começou a trabalhar lá. Muita gente que vendia as coisas na porta de casa ou no meio da rua passou a ter um lugar para morar. Depois, muitos foram aposentando-se, o centro da cidade cresceu e o mercado ficou feio e abandonado”, criticou a verdureira.

Resistência

Nem todos os pequenos mercados públicos foram abandonados por completo. Alguns tentam resistir à ação do tempo e à falta de consumidor. Boa parte está de portas fechadas e aqueles que ainda abrem funcionam apenas três horas por dia ou apenas uma vez por semana como acontece com o mercado do Bairro Seriema, aberto somente às quintas-feiras. Durante a noite, o que prevalece nesses locais é a escuridão e o vandalismo.

“A gente fica triste quando vê o prédio desse jeito. Poderia estar melhor. A gente precisa de um lugar desses para fazer as compras”, lamentou Sônia Maria Bezerra, moradora do Bairro Pau d’Água, onde ainda funciona um desses mercados.

Sem controle ou fiscalização, alguns mercados são ocupados indevidamente, como é o caso do instalado no Bairro Seriema. Raimundo Silva é proprietário do bar O Gatinho, que foi instalado na área sem autorização. Além de instalar o bar, ele cercou com um muro a área em volta do mercado, um terreno de 211,55m².

Raimundo Silva fechou uma das portas do mercado, a que dava acesso ao terreno que agora está murado, com uma parede e a mais recente benfeitoria foi a instalação de um portão de ferro, para facilitar a saída do público durante as festas que ele realiza no espaço.

Mesmo após denúncia veiculada em "O Estado", há duas semanas nada foi feito e nenhuma providência foi tomada pela Prefeitura. Desde janeiro há uma liminar de reintegração de posse na Prefeitura.

Mais

Bem público é definido como coisa material e imaterial de uso comum. No caso específico do bem material especial ou de uso administrativo, incluem-se prédios, repartições e veículos, também denominados de bem indisponível. Incluem-se, nesses casos, os mercados.

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