CAXIAS - Cinco dias de muita folia e sem violência. Esta foi a marca do Carnaval na cidade de Caxias. Na noite de terça-feira, a praça do Pantheon e Gonçalves Dias receberam um público estimado em mais de 10 mil pessoas. Com ou sem fantasia, muita gente pulou até o amanhecer de Quarta-Feira de Cinzas.
Como nos outros dias, os foliões tinham somente um objetivo: brincar em paz. Mesmo pessoas como Sérgio Barros de Andrade, acadêmico de Direito, que disse que o Carnaval deste ano não foi tão bom como o do ano passado, ressaltou o lado positivo da folia momesca em Caxias: “O Carnaval está legal, porque está sem violência.”
O policial militar Da Silva, que do alto de uma guarita montada no meio da multidão observava os foliões, junto com outros PMs, ao amanhecer de quarta-feira, comentou a tranqüilidade com que a festa de Momo realizava-se na cidade. “O folião veio aqui para brincar, curtir e se divertir, sem extrapolar. Por isso, nada de grave ocorreu neste Carnaval”, afirmou o PM.
Ele atribuiu a calmaria na cidade durante os dias de Carnaval à “maior conscientização do povo, que não está pensando em praticar atos de violência, mas somente brincar à vontade.” Os PMs que trabalhavam num trailler ao lado da praça do Pantheon também informaram que até aquela madrugada não havia registro de violência por conta do período carnavalesco.
Conforme o técnico em enfermagem Moacir Uchoa, do Serviço de Atendimento Municipal de Ur-gência (Samu), que dava plantão no carro-resgate na madrugada de terça-feira, em frente à prefeitura, nem ele nem seus colegas de trabalho atenderam qualquer caso grave. “Houve somente casos de excesso de bebida alcoólica, como o de uma adolescente de 15 anos”, comentou.
Menores
Mas houve um caso considerado grave pelas próprias autoridades que cuidam do assunto que não foi evitado neste Carnaval: a presença de crianças e adolescentes até de madrugada nos circuitos de concentração do Carnaval, desacompanhados dos pais ou responsáveis. E houve até casos de adolescentes vendendo bebida alcoólica, como se registrou no circuito da praça Gonçalves Dias. “Isso é devido ao fato de que muitos pais não assumem seus filhos como deveriam, com responsabilidade”, criticou um conselheiro tutelar.
Ratificando a crítica do conselheiro, um adolescente de 14 anos disse que estava brincando o Carnaval sozinho, mas com o consentimento de seus pais. “Meu pai e minha mãe deixaram eu brincar com meus amigos, porque eles não gostam de Carnaval”, declarou.
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