Estudo diz que otimismo reduz risco de morrer do coração

BBC Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h26

LONDRES - Os otimistas têm menos possibilidade de morrer de doenças cardíacas ou derrame cerebral do que os pessimistas, segundo pesquisa de cientistas do Instituto Delfland de Saúde Mental, da Holanda.

O estudo, envolvendo 545 homens, constatou que os mais otimistas têm metade das probabilidades de morrer de doenças cardiovasculares. Os pesquisadores acreditam que isso provavelmente é porque os otimistas fazem mais exercícios e são melhores na forma de lidar com adversidade, segundo o Archives of Internal Medicine.

Pesquisas anteriores mostraram a tendência é que os otimistas vivam por mais tempo, mas essa é a primeira a encontrar uma ligação com menor incidência de doenças cardíacas.

Efeitos

Os homens da pesquisa dos cientistas holandeses tinham entre 64 e 84 anos e foram acompanhados por 15 anos. Eles tinham que responder a diversos questionários, inclusive um para determinar se eles eram otimistas.

Os cientistas constataram que aqueles que, em 1985, tinham sido classificados como otimistas, em 2000, tinham 55% menos chances de morrer de doença cardíaca ou derrame, inclusive quando considerados fatores importantes como fumo e histórico familiar.

"É provável que o otimismo tenha efeitos sobre a saúde cardiovascular de muitas maneiras, direta ou indiretamente", disse Erik Giltay, pesquisador chefe.

Segundo ele, isso não está necessariamente relacionado com índices mais baixos de depressão.

Exercício

Mas Giltay acrescentou que os pessimistas não precisam se resignar a ter problemas do coração ou derrame, pois eles podem reduzir esses riscos adotando outras medidas, como tornando-se mais ativos e fumando menos.

"O estudo sugere que sermos otimistas e positivos quando ficamos mais velhos pode ter um efeito sobre nosso bem-estar e reduzir o risco de doenças cardíacas e circulatórias", disse Alison Shaw, da British Heart Foundation.

"Pesquisas anteriores sobre falta de apoio social, depressão e falta de controle na vida mostraram que as pessoas correm mais risco de desenvolver doenças cardíacas".

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