Caxias – “De acordo com o artigo 137, da Lei Orgânica do Município de Caxias, fica proibido o desmatamento numa faixa de 250 metros nas nascentes e margens de rios, riachos, lagos e brejos que tenham curso no município que nele nasçam”.
Munido disto, o coordenador do Meio Ambiente, Benedito Maciel, visitou o assentamento de sem-terra no bairro Itapecuruzinho com o objetivo de controlar as invasões que acontecem lá deste 1999 e proteger o riacho Itapecuruzinho que vem sofrendo com o assoreamento de suas margens.
“Nós queremos proteger esta área em nome de toda a comunidade caxiense porque só temos esta parte do município ainda disponível para crescer, as outras estão nas mãos de particulares”, disse Maciel, revelando que toda a área invadida pertence ao município e que sua equipe de trabalho pretende evitar que ocorram mais devastações nas proximidades do leito do riacho.
Segundo Maciel, a intenção da Coordenação de Meio Ambiente é convencer os moradores que estão desrespeitando os limites determinados por lei a preservarem a margem do riacho.
“Apesar de toda a devastação já causada com a construção irregular de casas próximas ao leito do riacho, nós não queremos tirar as pessoas deste local, pois sabemos da necessidade de cada um, mas também não podemos ficar impassíveis diante de um quadro devastador que aqui se encontra. Aqui existem jazidas de seixo, acontecem queimadas na beira do riacho e muitas casas estão construídas abaixo do limite determinado por lei.
Nós queremos mudar isso até para proteger os moradores de um problema futuro”, comentou o coordenador.
“Eu não tenho condições de morar perto do centro da cidade. Não tenho como alugar nem comprar uma casa, por isso estou aqui construindo uma casa para mim, já que este terreno é livre. Acho isso cabível, não é? ”, indagou Santana Coutinho.
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