Caxias - Técnicos da Gerência Municipal de Melhoria da Qualidade de Vida e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) fizeram parceria com o Tiro de Guerra para trabalhar no dia ‘D’ de combate à dengue, que será realizado amanhã.
Além do Exército, estão envolvidos no mutirão cerca de cinco mil pessoas, entre agentes de saúde, técnicos da Funasa, professores, estudantes e 380 funcionários da limpeza pública e da saúde, associações de moradores, agentes dos programas Comunitário de Saúde (PACS) e Saúde da Família (PSF).
A maior parte dos participantes é voluntário, que desenvolverá atividades de conscientização sobre as formas de se prevenir a doença e recolherão os resíduos encontrados nas residências a serem visitadas. Todos os resíduos serão acondicionados em milhares de sacos plásticos e transportados adequadamente até o aterro do Teso Duro, com o apoio de 30 caçambas disponíveis nesse dia.
De acordo com a gerente municipal de Melhoria da Qualidade de Vida, Graça Rodrigues, este é o segundo mutirão de limpeza realizado na cidade com o objetivo de evitar a proliferação dos focos do mosquito causador da dengue, o Aedes aegypti.
Os preparativos para o dia ‘D’ do mutirão foram articulados por meio de reuniões com os vários segmentos que estarão envolvidos nas atividades. “Antes da realização do primeiro mutirão da limpeza, ocorrido no início do ano, aqui em Caxias, o índice de infestação de residências visitadas para a coleta de lixo era de 18% para cada 100 visitas aos imóveis. Depois da ação, o índice baixou para 5% em cada 100 residências visitadas para a coleta do lixo com possíveis focos do mosquito transmissor da dengue”, compara o assessor especial de Saúde, e um dos coordenadores do mutirão, Benedito Soares Pessoa.
Segundo preconiza o Ministério da Saúde, em todos
os municípios com a população superior a 50 mil habitantes, o índice de infestação deve ser inferior a 1% das residências visitadas.
De acordo com o coordenador municipal de Meio Ambiente e Limpeza Pública, Carlos Benedito Maciel, a meta é contar com o apoio de toda a população para a retirada de duas mil carradas, ou mais, de lixo doméstico ou resíduos de recipientes que acumulem água. “São os locais em que o mosquito costuma botar seus ovos e, conseqüentemente, aumentar o número de indivíduos da espécie”, explica.
Estratégia - Para o êxito dos trabalhos, técnicos da Funasa dividiram a cidade em 44 zonas de atuação. Cada área zoneada terá a cobertura de uma equipe multidisciplinar, formada por uma enfermeira do PSF, agentes da Guarda Municipal e técnicos da Funasa, que, juntamente com os alunos da escola de cada área, farão a coleta dos resíduos.
A coordenação do mutirão acredita na adesão maciça da comunidade. “O interesse em eliminar os focos de proliferação da dengue é de todos nós, por isso acredito que no segundo dia ‘D’ toda a população irá aderir ao movimento”, acredita Benedito Lyra.
Fique por dentro
- A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus, que pode ser de quatro sorotipos diferentes: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
- A doença é transmitida pela picada da fêmea do mosquito da espécie Aedes aegypti. Embora seja o vetor da dengue no Brasil, existem outros mosquitos transmissores da dengue, como é o caso do mosquito Aedes albopictus, na Ásia.
- O mosquito é uma espécie doméstica, que nasce e se reproduz em água parada, limpa, de preferência em objetos fabricados pelo homem, como latas, pneus, vasos, etc.
- Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica. A clássica é benigna. Inicia-se com febre alta, podendo a vítima apresentar dor de cabeça, dor muscular, dor ao redor dos olhos, náusea, vômito.
- Já a dengue hemorrágica, apresenta inicialmente os mesmos sintomas da clássica, ocorrendo fenômenos que vão desde leves sangramentos gengivais até manifestações graves, como hemorragia gastrointestinal, intracraniana e derrames.
- Nos casos mais graves, a vítima pode ter repentinamente sinais de insuficiência circulatória e choque, que podem levar o paciente à morte em 12 a 24 horas.
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