ECONOMIA

Inflação aumenta em cinco das sete capitais que compõem o IPC-S, segundo a FGV

Especialistas apontam fatores que devem ter contribuído para esse cenário.

Brasil 61

Especialistas apontam fatores que devem ter contribuído para esse cenário.
Especialistas apontam fatores que devem ter contribuído para esse cenário. (José Cruz / Agência Brasil)

BRASIL - O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S)  da primeira quadrissemana de maio de 2024 aumentou 0,45%, acumulando uma alta de 3,23% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A economista Ana Cláudia Arruda, conselheira federal da Cofecon, destaca que cinco das sete capitais pesquisadas registraram acréscimo nas taxas de variação, com destaque para Belo Horizonte, Salvador, Recife, São Paulo e Porto Alegre.

Veja as variações percentuais ao mês até o dia 7 de maio:

  • Rio de Janeiro: 0,68
  • Belo Horizonte: 0,66
  • Recife: 0,50
  • São Paulo: 0,47
  • Salvador: 0,51
  • Brasília: 0,13
  • Porto Alegre: 0,29

“Vários fatores contribuem para esse aumento. As pressões inflacionárias são decorrentes, sobretudo, do aumento dos preços dos alimentos, que também comprometem muito a cesta básica. Por outro lado, a política monetária com taxa de juros elevadas e a demanda aquecida comprometem muitos preços internos. Além disso, a desvalorização cambial também afeta os preços das importações ", aponta Arruda. 

O economista José Luiz Pagnussat, ex-presidente da Corecon-DF, explica que já era esperada essa elevação dos preços ao consumidor, especialmente devido às chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul. 

Ele explica que o Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção nacional do arroz. Como parte do grão não havia sido colhido, agora está perdido debaixo d’água. Com parte da colheita sendo perdida do estado, ele destaca que passa a ter um problema de redução de oferta de vários produtos, e com uma menor disponibilidade os preços tendem a subir.

“Mas também há problemas internacionais, que acabaram pressionando alguns preços. Então isso reflete um pouco dessa turbulência. O normal nos meses de maio, junho, é ter preços em queda ao nível de consumidor”, explica. 

O economista aponta que, nesses meses em que o Brasil teria sazonalmente uma redução de preço, a perspectiva é de aumento dos valores. 

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