SÃO LUÍS - Há quase dois meses, o medicamento Creon/pancreatina, essencial no tratamento da fibrose cística, está em falta na Farmácia Estadual de Medicamentos Especializados (Feme). A denúncia é da associação que representa os pacientes diagnosticados com a doença no Maranhão.
Uma caixa com 30 cápsulas do medicamento custa, em média, R$ 120, e dura cerca de uma semana - um gasto mensal que pode passar dos R$ 600. A previsão, segundo a Feme, é a de que os medicamentos só voltem a ser distribuídos em setembro.
“Estamos vivendo de doações. Eu, por exemplo, estou nas últimas cartelas. Não sabemos como vamos ser assistidos pelo Estado nessa falta de medicamentos”, disse Elinalda Garros, mãe de uma criança com a doença.
A doença, também conhecida como mucoviscidose, é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. Sem o tratamento adequado, o paciente pode ter complicações e morrer.
Ministério Público do Maranhão (MP-MA), o Governo do Estado e o Município de São Luís decidiram criar, em fevereiro de 2022, um centro de referência especializado no atendimento de crianças e adolescentes acometidos por fibrose cística. Mas, segundo o presidente da Associação Maranhense de Fibrose Cística, o projeto ainda não saiu do papel.
“As crianças e os adultos estão fazendo tratamento de forma aleatória, cada um buscando médicos em hospitais distintos. Não tem a concentração em um só local, como deveria ser”, afirmou Gabriel Medeiros, presidente da associação.
Em nota à TV Mirante, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou que o estoque do creon/pancreatina acabou em julho. O órgão disse, ainda, que abriu licitação para nova compra, mas não garantiu quando vai fazer a entrega do remédio.
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