Turismo

Ministro do Turismo discute, em Londres, aumento de conexões aéreas

Durante reunião, Gastão Vieira afirmou que o país investe US$ 5 bilhões nos aeroportos das cidades-sede da Copa.

Imirante, com informações do MTur

Atualizada em 27/03/2022 às 12h01

SÃO LUÍS – O ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse, nessa segunda-feira (4), em Londres, que aumentar as ligações aéreas entre os países é tão importante quanto facilitar vistos para ampliar o turismo no mundo. Ele pediu esforços da comunidade internacional em ambos os sentidos. As declarações foram dadas na capital britânica durante a quinta reunião do "T.20", o fórum de ministros de Turismo dos países que formam o G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo. Juntos, os países respondem por 75% das chegadas de turistas no planeta.

Um estudo publicado pela Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT) mostra que a facilitação de vistos pode ajudar a criar 5,1 milhões de empregos adicionais no setor de turismo e produzir US$ 260 bilhões em receita adicional. Hoje, apenas 15% da população mundial não é afetada por políticas de visto. Nos países do "T.20", a média de abertura (dada pela isenção de vistos a outros países) é de 65% – muito acima da média mundial. O objetivo do grupo é eliminar gradualmente essas barreiras, de forma a aumentar a geração de empregos e estimular o crescimento econômico.

Em sua fala no encontro, Gastão Vieira ressaltou que o Brasil já vem adotando medidas de facilitação de viagens como prioridade de sua política externa há muito tempo. "Hoje o Brasil tem acordos de isenção firmados com 72 países. Quase todos os grandes emissores de turistas para nosso País são livres de visto. E, no Mercosul, a circulação de pessoas dispensa até mesmo o passaporte", afirmou o ministro, ressaltando, porém, que o país não abre mão de que as isenções sejam recíprocas. Ele citou, ainda, os acordos recentes de dispensa mútua de visto com o México, que entrou em vigor neste ano, com a União Europeia, firmado no ano passado, e com a Rússia, que vigora desde 2010. Como resultado, o fluxo de turistas russos para o Brasil cresceu 12% somente no ano passado.

Com os Estados Unidos, segunda maior fonte de turistas estrangeiros para o Brasil, há um grupo de trabalho instituído com o objetivo de longo prazo de supressão total. "Hoje os vistos de turismo e negócios são obtidos em poucos dias dos dois lados e valem por dez anos", disse. O ministro citou, também, a decisão do Brasil de conceder vistos prioritários e gratuitos durante os grandes eventos esportivos, medida "adotada com sucesso na Copa das Confederações e na Jornada Mundial da Juventude".

Ele afirmou, porém, que a facilitação de vistos deve ser vista como uma de várias medidas em prol da liberalização das viagens internacionais. Outra medida é o aumento da conectividade aérea entre os países. "A distância entre o Brasil e os grandes mercados emissores é, a meu ver, uma barreira ainda mais importante ao turismo do que o visto. Isso fica claríssimo no caso da Rússia, um dos maiores emissores do mundo, que não conta com voos diretos para o Brasil", discursou.

Segundo o ministro, o país está ampliando sua malha aérea e investindo US$ 5 bilhões nos aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo. Mas a comunidade internacional precisa "dar impulso à agenda da conectividade", trabalhando junto a organizações internacionais da aviação civil, como a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Aita, na sigla em inglês) e a Organização Internacional da Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), para um crescimento contínuo dos fluxos turísticos.

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