Bacabal

OAB pede investigação sobre abusos cometidos por policiais

Rádio Mirante FM de Bacabal

Atualizada em 27/03/2022 às 12h47

BACABAL - A prisão de um advogado na última quinta-feira (14), em Bacabal, provocou repercussão em toda a Região do Médio Mearim. O episódio colocou em rota de colisão duas sólidas instituições: a Polícia Militar e a Ordem dos Advogados do Brasil.

Por volta das duas horas da madrugada, uma patrulha da Polícia Militar comandada pelo 2º Tenente Wataanderson Araújo, realizava uma operação que já é rotineira: o encerramento das atividades nos locais onde é realizado som ao vivo. No congloremado de bares conhecido por “Caipirão”, se encontrava o advogado Francisco Batista Costa. Ele alega, no boletim de ocorrência nº 6157/2010 registrado na delegacia do Primeiro DP de Bacabal, que além de determinar o desligamento do som, os policiais ordenaram que fosse suspensa a venda de bebida no local. Diz o advogado, que ao interpelar sobre o amparo legal para tal determinação recebeu ordem para ser revistado. Ele afirma que concordou, somente tendo se negado a adotar o procedimento de por os braços apoiados em uma parede. Isso teria despertado no comandante da patrulha a intenção de levá-lo preso.

Mesmo depois de ter se identificado como advogado, Francisco Batista foi conduzido para a delegacia sob a alegação de desacato à autoridade, algemado com os braços para trás. Após o registro do Boletim de Ocorrência do Tenente Araújo, o advogado Batista foi liberado pela delegada de plantão Clenir Reis.

Ontem aportou na cidade uma comissão da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, para apurar o caso e pedir providências as autoridades competentes.

Composta por cinco advogados, dentre eles o presidente da subseção da Ordem em Bacabal, Agnelo Rodrigues e os causídicos Charles Dias e Herivelton Lago. A comissão se reunião com o Major Eriverton, comandante do 15º Batalhão sediado na cidade e exigiu uma imediata abertura de processo administrativo. Segundo o advogado Charles Dias, o comandante da Batalhão se comprometeu a apurar a responsabilidade no episódio.

Os membros da comissão da OAB foram também ao Ministério Público, onde solicitaram uma investigação dos abusos cometidos por policiais militares do 15 BPM. Procurado pela reportagem da Rádio FM de Bacabal para comentar o caso, o Major Eriverton não foi localizado.

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