SÃO LUÍS - No próximo dia 21 de março (sexta-feira), às 18h, o auditório da Academia Maranhense de Letras (AML), no Centro de São Luís, será palco do lançamento dos livros “Diários de Gaza – a memória é uma casa indestrutível” e “Sumud em tempos de genocídio”, publicados pela Editora Tabla. O evento reunirá autores, tradutores e mediadores para discutir obras consideradas essenciais para compreender a história e a resistência do povo palestino ao longo de quase um século.
Os livros mergulham em narrativas que unem relatos pessoais, análise histórica e a luta pela preservação da memória em meio a contextos de violência e opressão. “Sumud em tempos de genocídio”, organizado e traduzido pela psicóloga e escritora Rima Awada Zahra, aborda o conceito de sumud – termo árabe que simboliza a resistência pacífica e a firmeza diante da ocupação –, enquanto “Diários de Gaza” reúne registros íntimos de moradores da Faixa de Gaza, destacando a resiliência de uma população sob cerco.
O historiador Rafael Domingos Oliveira, organizador de “Diários de Gaza” e autor de obras como *“Gaza no coração: história, resistência e solidariedade na Palestina”, trará ao debate sua expertise em estudos sobre narrativas afro-atlânticas e diásporas, contextualizando a luta palestina dentro de frameworks históricos globais. Doutorando pela UNIFESP, Oliveira reforça a importância de “dar voz a comunidades cujas histórias são sistematicamente apagadas”.
A mediação do debate ficará a cargo do professor e escritor Jeanderson Mafra, mestre em Letras pela UFMA e autor de obras que exploram discurso, poder e violência. Sua atuação acadêmica, com foco em arquivos históricos e relações de opressão, promete enriquecer o diálogo sobre como a literatura pode ser um instrumento de denúncia e preservação da verdade.
A noite de lançamento dos livros culminará com o Sarau para a Palestina, que reunirá no palco poetas interpretando obras que abordam a resistência do povo palestino.
Memória como resistência
As obras que serão lançadas destacam-se não apenas pelo conteúdo histórico, mas pelo caráter humano de suas narrativas. Reconhecidos por entidades como a FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil) e a ONU, os trabalhos de Rima Awada Zahra traduzem experiências de vulnerabilidade social em potentes reflexões sobre saúde mental, migração e educação em zonas de conflito. Já Oliveira conecta a realidade palestina a lutas antirracistas e anticoloniais, evidenciando paralelos entre resistências globais.
O subtítulo “A memória é uma casa indestrutível” sintetiza o espírito do evento: diante de tentativas de apagamento, a literatura surge como um alicerce para a reconstrução de identidades e a manutenção da verdade.
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