O que George Orwell não pensou, André L. Nascimento elucidou em sua obra ‘O Bicho’, publicada pela editora Flyve. O livro fará com que o leitor repense em tudo que acredita ser certo dentro da sociedade atual, cruel e desequilibrada.
A distopia é relatada pela história de Dakota, uma cachorra que cansou de ver o mundo maltratando os bichos – que neste caso são os humanos.
Engordados em granjas para o abate, com seus couros arrancados para produção de roupas, sugados para ordenhas e vivendo em um mundo no qual são tradados como escória, as pessoas são consideradas seres sem alma.
A história se desenrola por meio de mentiras, invasões, protestos, perseguições, explosões, estupro, mortes, inteligência artificial e investigações. O autor faz da protagonista uma verdadeira guerrilheira em prol da humanidade, que se torna braço direito do algoz, o ditador. A intenção é implodir o sistema.
Vegano na luta, André não acredita que os animais devem servir ao homem, portanto, a epifania seguiu seus instintos de justiça, e incitou nessa obra a via contrária. A partir disso, sua escrita vem para expor a crueldade que acontece com os bichos.
Paralelo a todos os sentimentos que esta obra provoca, como repulsa, indignação e, até mesmo, compaixão, o humor ácido é tema com trocadilhos de nomes de políticos, personalidades e influenciadores.
‘O Bicho’ revisita as inquietações inerentes àqueles que ousam pensar, e não só a causa animal e o consumo de carne desenfreado são a motivação e o assunto. André também aborda a posição das mulheres, identidade de gênero, negacionismo, destruição do meio ambiente, política ditatorial e muito mais. Esta obra é uma leitura necessária em tempos sombrios.
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