Livro

Obra traz críticas à realidade sociopolítica do Brasil

Professor e doutor em História Política, Leonardo Bruno da Silva, estreia com livro ‘O coronel que queria matar o presidente’.

Evandro Júnior / Na Mira

Capa do livro
Capa do livro (Foto: Divulgação)

Alberto, protagonista de ‘O coronel que queria matar o presidente’, toma uma decisão após perder a esposa para o spikevirus e perceber o descaso do governo federal com a situação: ele vai matar o governante do Brasil. Para colocar o plano em prática, o coronel da reserva do Exército pede ajuda à Kaiky, um jovem atendente de padaria.

Escrito pelo professor de História, doutor em História Política e pesquisador sobre a história contemporânea brasileira, Leonardo Bruno da Silva, este livro insere os leitores numa missão improvável. 

A partir de uma narrativa fluida, leve e cheia de diálogos, o público acompanha a trajetória do protagonista em busca de formar um esquadrão de militantes para fazer justiça com as próprias mãos e combater uma grave crise sanitária.

Com o intuito de criticar a política do país e evidenciar as desigualdades socioeconômicas, o autor mostra os problemas do Brasil por meio dos conflitos internos de cada personagem. 

De um lado, Kaiky é um jovem negro e morador de uma favela no Rio de Janeiro que, além de lidar com o racismo e a violência diariamente, convive com o peso de ser o único com emprego fixo na família. 

Do outro, Alberto é um idoso aposentado que, em meio ao luto, decepciona-se com um político e precisa desafiar as próprias convicções para encontrar novas formas de entender o mundo.

Esta ficção histórica é mais do que um retrato das complexas estruturas sociais, políticas e econômicas que formam o país, porque é também uma homenagem de Leonardo Bruno da Silva à aluna Maria Eduarda. 

Professor da Escola Municipal Daniel Piza, ele utiliza a literatura para eternizar a memória da menina que, aos 13 anos, foi morta por tiros de fuzil dentro da instituição de ensino, durante um confronto entre policiais e traficantes. 

“Eu era professor da Duda e estava na escola naquele dia. Fiz questão de relembrá-lo no texto do livro para que a memoria dela não seja apagada. A Maria Eduarda vive em nossos corações”, afirma.

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