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COLUNA
Pergentino Holanda
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Pergentino Holanda

Cadeira vaga na ABL

Mais: O milagre de Messi

PH

Atualizada em 02/05/2023 às 23h36
O Brasil perdeu sábado uma de suas maiores escritoras: Nélida Piñon
O Brasil perdeu sábado uma de suas maiores escritoras: Nélida Piñon

Cadeira vaga na ABL

O decano da Academia Brasileira de Letras, José Sarney, cujos nomes que o elegeram para a entidade já morreram todos, assim lamentou o falecimento da amiga escritora Nélida Piñon, ocorrido sábado:

“A morte de Nélida Piñón é para mim um golpe pessoal, tão estreita era a nossa amizade e tão profunda a admiração que lhe tinha. A conheci quando ainda estreávamos, eu tentando conciliar vocação e destino e ela com os passos largos que a fizeram rapidamente uma das maiores romancistas da língua portuguesa. Sua obra expande-se do romance à memória, do conto ao ensaio, mas mantém-se vinculada a sua natureza de quase-migrante que a manteve brasileira, mas não a desfez galega, e ao seu profundo amor pela literatura” – escreveu.

Escritora carioca descendente de galegos, Nélida Piñon escreveu diversos romances, contos, crônicas e ensaios publicados em seus mais de 60 anos de carreira literária. E foi, também, a primeira mulher a assumir a presidência da Casa de Machado de Assis, posto que ocupou em 1996, ano do centenário da entidade, e em 1997.

Lionel Messi beijando a taça de campeão da Copa do Mundo do Catar
Lionel Messi beijando a taça de campeão da Copa do Mundo do Catar

Futebol sinfônico na Copa do Catar

Nunca se viu um espetáculo igual: em meio a uma espessa crise continental, o futebol assumiu o poder de oferecer-se como um inigualável prazer estético e de substituir, nas telas, a autêntica sedução dos sentidos.

Não há prazer maior do que poder assistir a um espetáculo sinfônico de futebol bem jogado, tocado pela disciplina do “association” e pela genialidade de artistas fora de série.

No belíssimo estádio Lusail, ao som das imponentes ouvertures dos hinos oficiais dos dois países finalistas, Argentina e França revelaram ao mundo como se joga o futebol dos sonhos.

Futebol sinfônico...2

Em primeiro lugar, nenhuma concessão à fraude das faltas em excesso. Num primeiro tempo luminoso, o jogão de Lusail teve em seu artístico desenrolar pouquíssimas faltas! Foi, então, possível admirarmos, em todo o seu esplendor ornamental, o futebol jogado sem golpes baixos.

E tornou-se possível compreender, au grand complet, aquele poema de João Cabral de Mello Neto, em homenagem ao belo jogo:

O futebol trata a bola com malícia e atenção/ Dando aos pés astúcias de mão...

A lembrança veio da memória privilegiada do ex-Presidente da República José Sarney, 92 anos, que sentado ao meu lado, na casa do filho Fernando Sarney (único brasileiro – e primeiro maranhense da história – integrante do atual Conselho Mundial da FIFA) era um discreto torcedor do time argentino.

Futebol sinfônico...3

Foi um êxtase assistir a um futebol tão intensamente disputado, mas com a lealdade que às vezes falta aqui em nossos campos. Viram-se todos os sortidos repertórios das grandes jogadas: tabelas, dribles, gols antológicos – e violência zero. Quase uma utopia auto realizada, na inigualável grama do novíssimo templo do futebol do Catar.

Um dia – pensei – ainda vamos ver, aqui no Brasil, um futebol assim tão bem jogado, sem as armadilhas e as artimanhas que levam nossos jogos a hospedar, às vezes, nada menos que 50 faltas! Rabos de arraia, gravatas, pontapés, carrinhos e, essa coisa abominável: a já habitual “tesourada”, para evitar um contra-ataque.

Na sequência, o jogador é atropelado, já caindo, e, ao mesmo tempo, vai fazendo sinais ao juiz de que espera um “cartão amarelo” contra o algoz.

São cenas que não se viu em Lusail, no recital vencido pela Argentina, com grandes atuações dos iluminados Lionel Messi e o francês Kylian Mbappé.

Futebol sinfônico...4

Lionel Messi, que nunca atuou por um time argentino, jamais vestiu a camiseta do Boca Junior ou do River Plate, cedo, ainda criança, foi “sequestrado” pelos agentes catalães. É lá que o grande futebol ainda vigora. E lá deve continuar ainda por muitos anos o cânone do futebol mais rico do planeta.

Na Copa de 2014, no Brasil, Messi precisou pavimentar o seu caminho espiritual de volta para Buenos Aires. Naquele instante em que viu os alemães erguerem a taça que deveria ser sua, ele mudou.

Futebol sinfônico...5

Depois do futebol de luxo jogado por Argentina e França, torcemos para que não seja varrido do mapa espetáculos como o de domingo na catedral do Catar.

Talvez tenha sido o maior jogo de toda minha história como torcedor de Copas do Mundo – é só quando meu coração de torcedor dispara realmente. Gols, chutes, defesas dos goleiros, dribles, lançamentos, passes, tudo para formar conjunto tão extraordinário que me leva a pensar que nunca verei nada igual.

Futebol sinfônico...6

Nas finais de Copa do Mundo que vi ao longo da vida, nenhuma teve tanta emoção e dramaticidade. Uma grande final ganha, com justiça, pela Argentina, como seria justo também se o vencedor fosse a França.

O futebol nos entregou uma página fascinante. Poucas coisas poderão nos emocionar como esse jogo do dia 18 de dezembro de 2022, no Catar, quando pudemos encher os pulmões e dizer viva o futebol, viva o esporte, viva a emoção. Foi tão fantástico que pareceu uma decisão irreal.

Messi operou um milagre que nem o papa Francisco conseguiu: fazer o brasileiro torcer pela primeira vez para a Argentina. Criou uma trégua inédita e imprevisível na tradição bélica sul-americana. Todos o queriam no topo em sua aposentadoria. Ele merece. O futebol merece.

O promissor e extraordinário Kylian  Mbappé, artilheiro da Copa com oito gols, poderia esperar para obter o seu bicampeonato.

DE RELANCE

O milagre de Messi

Os poetas têm um olhar diferente. Para Fabrício Carpinejar, “Messi se fundiu a Maradona, está ao seu lado no panteão dos mitos, nas estampas das bandeiras, no coração do sol. Tão grande quanto. Tão infinito quanto.

Quando ele perdeu a Copa de 2014 na final para a Alemanha, se tornou definitivamente argentino. Foi como um batizado, a confirmação de sua nacionalidade.

Você só é argentino mesmo depois da derrota, depois do tango. Aquele momento virou a chave de luz em sua trajetória na seleção azul e branca. Ele entendeu a dor que é não corresponder às expectativas da torcida. Compreendeu que não jogava mais para si. Saiu do espetáculo do drible, da solidão da finta, para a disponibilidade coletiva, para servir.

Seis vezes melhor do mundo, faltava essa coroação com o seu povo febril e enlouquecido. Ser melhor do mundo com o seu povo, não mais sozinho” – escreveu..

 

O abraço civilizado e emocionado de duas lendas do futebol: Messi e Mbappé
O abraço civilizado e emocionado de duas lendas do futebol: Messi e Mbappé

O milagre de Messi...2

A Argentina é tri, e Messi, seu novo Deus. O país que tem o Papa e seu Deus próprio, o Diego Maradona que alenta lá do céu, agora também é dono do mundo. Da Copa do Mundo.

Depois de uma final insana, com reviravoltas e um futebol com o valor de todo ouro do Catar, os hermanos conquistaram o título nos pênaltis. Festejaram ao final de um dos grandes jogos da história.

Naquele momento, a festa hermana estava só começando. Vai atravessar o Natal, romper o Réveillon e não tem data para acabar.

Salve, Messi, Ele é campeão e está no Olimpo dos maiores mitos do futebol.

O Repórter PH com as amigas Ana Graziella Neiva Costa e Raissa Moreira Lima
O Repórter PH com as amigas Ana Graziella Neiva Costa e Raissa Moreira Lima

Réveillon do Rio Poty

Está entrando na reta final de produção o Réveillon Ilha Poty, do Rio Poty Hotel & Resort, que promete ser o mais bonito, elegante e animado de São Luís para saudar o ano da graça de 2023.

Samyra Show (de Fortaleza), Pedro Guerra (de João Pessoa), DJ Edy (de Brasília), e os grupos do Maranhão: CDC, Argumento, bateria do Marabloco e suas mulatas que não estão no mapa, Feijoada Completa e a dupla sertaneja Fernando & Franco.

O Réveillon Ilha Poty terá, ainda, uma participação especial, com duas entradas em cada palco, da mais famosa drag queen do Maranhão, com seu repertório internacional: Adriane Bombom.

Réveillon do Rio Poty...2

Os artistas convidados, daqui e de outros estados, se apresentarão em dois palcos, nas áreas da piscina e nos salões internos do Rio Poty Hotel & Resort, na Ponta d'Areia.

O réveillon será realizado em três espaços: Espaço Ocean e Espaço Onda, na área térrea, e Espaço Pérola by PH – este, assinado por este Repórter PH, com decoração da designer Cintia Klamt Motta e cerimonial de Teresa Martins, no segundo pavimento do hotel, com uma vista deslumbrante para a baía de São Marcos.

Ao lado funcionará o Espaço Kid para os pais deixarem seus filhos e poderem se divertir a noite toda.

 Para escrever na pedra:

“Sem renovação não há transformação. Sem transformação não há evolução. Sem evolução não haverá nada". De Adriano Hungaro. 

TRIVIAL VARIADO

A presença do ex-presidente José Sarney na cerimônia religiosa do casamento de Camila Athayde Rocha e Carlos Eduardo Bandeira, atraiu todos os holofotes da noite. Era mais quem aproveitava para fazer uma selfie com a maior liderança política da história do Maranhão.

A propósito: por problemas de saúde, a deputada federal eleita Roseana Sarney não compareceu à cerimônia de diplomação pelo Tribunal Regional Eleitoral, dos eleitos em outubro deste ano, para governador e vice, senador e suplentes, deputados federais e estaduais.

Nas últimas horas tem sido grande a corrida para garantir reservas de mesas em todos os espaços do Réveillon Ilha Poty, do Rio Poty Hotel. É importante lembrar que os melhores lugares serão para os chegarem na frente.

Rosimar e José Carlos Salgueiro já decidiram: passam as festas de Natal e Ano Novo entre as praias paradisíacas de Santa Catarina e a cidade de São Paulo, acompanhados dos filhos e netos.

Edmée e o desembargador Froz Sobrinho elegeram os Lençóis Maranhenses para passar as festas de fim de ano, na companhia de um grupo grande de amigos.

Os familiares da saudosa Dona Enise Silveira Maciel, mandarão rezar a Missa da Esperança, pelo sétimo dia do seu falecimento, nesta terça-feira, dia 20, às 19h , na Igreja Jesus o Bom Pastor, no bairro Renascença.

Ana Theresa Sarney e Felipe Teixeira de Carvalho vieram assistir à grande final da Copa do Mundo com a família dela, que está esperando o segundo filho. Hoje, ela vai para São Paulo fazer exames de rotina.

A juíza eleitoral Ana Graziella Neiva Costa e oftalmologista Raissa Braúna  Moreira Lima estão de tecket aéreo marcado para cruzarem ainda nesta semana. Vão passar as festas de Natal e Ano Novo em Paris e adjacências.

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