Mauricio de Sousa comenta crítica a sua candidatura à ABL: ''Quadrinhos são revolucionários''

BRASIL - Quem nunca leu um gibi da 'Turma da Mônica'? A história em quadrinhos sobre a menina baixinha e dentuça, com seu grupo de amigos peculiares, vive no imaginário brasileiro há várias gerações. Mauricio de Sousa, autor da obra, é o segundo escritor vivo mais conhecido do Brasil, segundo a pesquisa Ibope de 2019.

O escritor e desenhenista concorre à cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que anteriormente era ocupada pela acadêmica Cleonice Berardinelli. No entanto, sua candidatura gerou polêmicas no meio.

Em uma entrevista à Veja, o jornalista James Akel, que concorre à mesma cadeira, defendeu que "gibi não é literatura". Ele afirmou que resolveu tentar a vaga quando soube que Mauricio escreveu em sua carta de candidatura que "quadrinhos são literatura pura".

"Isso me deixou zangado e decidi me inscrever imediatamente”, disse o jornalista.

Após a repercussão da fala do jornalista, diversos fãs, jornalistas e escritores saíram em defesa do quadrinista, que é o único no mundo a integrar uma academia de letras, a Academia Paulista de Letras (APL).

Em entrevista ao g1, o autor disse que não ficou abalado com as críticas. "Fiquei até assustado com a dimensão que tomou pela repercussão positiva. Significa que não errei tanto."

Mauricio também reafirmou o posicionamento da sua carta de candidatura à ABL. "[Quadrinhos] são revolucionários porque ficam entre a literatura e as artes gráficas. Eisner [Will Eisner, quadrinista norte-americano] me fez sentir que a linguagem dos quadrinhos é uma revolução de ideias. E com os quadrinhos tudo é possível."
 

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